Donald Trump: Presidente dos EUA já ridicularizou o aquecimento global e retirou o país do Acordo de Paris (Yuri Gripas/Reuters)
AFP
Publicado em 13 de fevereiro de 2018 às 16h25.
O líder da inteligência americana alertou, nesta terça-feira (13), para os riscos das mudanças climáticas diante de uma comissão do Senado, contrariando o ceticismo do presidente Donald Trump e de outros membros de seu governo.
"Os impactos das tendências a longo prazo para um aquecimento climático, somados a poluição atmosférica, perda de biodiversidade e escassez de água devem potencializar descontentamentos econômicos e sociais até 2018", disse Dan Coates, diretor da Inteligência Nacional.
"Os últimos 115 anos foram o período mais quente da história da civilização moderna, e os últimos anos foram os mais quentes já registrados", disse Coates em notas ao Comitê de Inteligência do Senado.
O diretor de inteligência não atribuiu diretamente o aquecimento global à atividade humana em seu relatório anual de Avaliação Mundial de Ameaças, mas ele apenas destacou os perigos das alterações climáticas.
"Eventos climáticos extremos em um mundo mais quente têm o potencial de gerar impactos maiores e podem se misturar com outros motores para ampliar o risco de desastres humanitários, conflitos, escassez de água e alimentos, movimentos migratórios, problemas de mão-de-obra, choques de preços e quedas de energia", afirmou.
"As respostas das políticas internas para essas questões vão se tornar mais difíceis - especialmente para as democracias -, à medida que os públicos se tornam menos confiantes nas fontes de informação oficiais", acrescentou.
Trump já ridicularizou o aquecimento global e retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris.