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Chefe da delegação das Filipinas, Yeb Saño chora na COP18

O país foi atingido no início do mês de dezembro por um forte tufão, apelidado de Bopha, que matou mais de 500 pessoas e deixou mais de cinco milhões desabrigadas


	Yeb Saño, das Filipinas, chorou ao falar na plenária da Conferência: ele terminou o discurso pedindo para que os delegados não percam a oportunidade oferecida pela COP18
 (IISD)

Yeb Saño, das Filipinas, chorou ao falar na plenária da Conferência: ele terminou o discurso pedindo para que os delegados não percam a oportunidade oferecida pela COP18 (IISD)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 10h45.

São Paulo - Às vésperas do fim da COP18, prevista para acabar nesta sexta-feira (07), tem gente se desesperando com a falta de comprometimento dos governos que participam do evento. Nesta quinta-feira (06), o chefe da delegação das Filipinas, Yeb Saño, chorou ao falar na plenária da Conferência a respeito da ausência de compromissos audaciosos para combater as mudanças climáticas.

O país emergente foi atingido no início do mês de dezembro por um forte tufão, apelidado de Bopha, que matou mais de 500 pessoas e deixou mais de cinco milhões desabrigadas. “Estamos sofrendo. Há uma massiva devastação ocorrendo em meu país, milhares de pessoas sem casa. Nós nunca tínhamos enfrentado um tufão, nunca tínhamos enfrentando uma tempestade como essa em meio século”, disse Saño, na tentativa de chamar a atenção dos delegados para os impactos que as mudanças climáticas já estão causando no planeta.

Em seguida, o chefe da delegação das Filipinas implorou por mais ação. “Faço um urgente apelo, não como negociador, não como líder da minha delegação, mas como filipino. Apelo ao mundo inteiro, a todos os líderes, para que abram seus olhos para essa realidade que enfrentamos. Apelo aos ministros. O resultado do nosso trabalho não é a respeito do que os políticos querem, mas do que é demandado por sete bilhões de pessoas. Eu apelo: não mais atrasos, não mais desculpas”, disse com a voz embargada.

Saño terminou o discurso pedindo para que os delegados não percam a oportunidade oferecida pela COP18. “Por favor, deixem Doha ser lembrada como o lugar onde encontramos vontade política para transformar as coisas. E deixem 2012 ser lembrado como o ano em que o mundo encontrou a coragem de assumir a responsabilidade pelo futuro que queremos. Se não formos nós, quem? Se não for agora, então quando? Se não aqui, onde?”, afirmou, arrancando lágrimas de pessoas que estavam na plateia.

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