Venezuela: segundo o Ministério Público venezuelano, a violência nos movimentos deixou 26 mortos durante as últimas semanas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 26 de abril de 2017 às 14h29.
Caracas - Milhares de chavistas marcham nesta quarta-feira em Caracas para expressar rejeição aos atos de "terrorismo impulsionados pela oposição venezuelana" contra o Governo de Nicolás Maduro no marco da onda de protestos antigovernamentais registrada no país há quase um mês.
A mobilização denominada "Marcha da juventude pela paz e contra o terrorismo", convocada pelo governante Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), percorrerá cerca de 3,5 quilômetros através do centro da capital venezuelana até o palácio presidencial, onde está previsto que sejam recebidos por Maduro.
Os manifestantes, muitos deles estudantes adolescentes e universitários, responsabilizam os opositores pela violência e vandalismo registrados durante as últimas semanas que deixaram até hoje 26 mortos, segundo os dados do Ministério Público venezuelano.
O chefe de Governo do Distrito Capital, o chavista Daniel Aponte, disse desde a concentração que a juventude "assumiu o chamado à contra-ofensiva revolucionária para derrotar o golpismo da direita fascista".
A seu julgamento, os jovens partidários da oposição "foram usados" pelos opositores para promover protestos violentos.
Nesta atividade participarão " todos os universitários, estudantes, operários, professores, homem e mulheres, vamos a mover-nos até o palácio de Miraflores, (...) a respaldar nossa democracia, a respaldar o chamado à paz do presidente Nicolás Maduro ", disse ontem o ministro de Educação Universitária, Hugbel Roa, através da televisão estatal.
A mobilização coincide com uma marcha opositora que tentará chegar até a Defensoria do Povo, no centro da cidade, para pedir ao chefe desse escritório, Tarek William Saab, que se pronuncie sobre a suposta falta cometida pelos juízes do Supremo sobre o Parlamento.
A sentença que foi revogada dois dias depois dava autonomia à máxima corte para exercer as funções do Legislativo, o que foi considerado pela oposição como uma "ruptura da ordem constitucional".