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Chávez rejeita debate com Capriles e o chama de 'um nada'

''Um debate com quem? Com um nada que vou debater? Não há debate possível'', disse Chávez


	Capriles: ''Eu desafio o governo, em qualquer canto do país, vamos debater nossas propostas''
 (Juan Barreto/AFP)

Capriles: ''Eu desafio o governo, em qualquer canto do país, vamos debater nossas propostas'' (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 21h52.

Caracas - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, rejeitou nesta terça-feira o desafio lançado pelo candidato da oposição, Henrique Capriles, para participar de um debate, e disse que seu adversário é ''um nada''.

''Um debate com quem? Com um nada que vou debater? Não há debate possível'', disse Chávez em entrevista coletiva ao ser perguntado sobre a proposta lançada pelo candidato da oposição na sexta-feira.

''Eu desafio o governo, em qualquer canto do país, vamos debater nossas propostas'', disse Capriles ao afirmar que o único debate proposto por Chávez é o dos ''insultos''.

O presidente venezuelano afirmou hoje que ''não há debate possível com um nada, não há argumentos'', e disse que Capriles deveria debater com os setores da oposição que nos últimos dias se distanciaram do ex-governador de Miranda por conta de um suposto ''paquetazo'' (pacote de medidas) econômico de caráter neoliberal.

''O debate que deveriam ter é com esses que estão pedindo um debate'', acrescentou Chávez, em referência a um pedido de um deputado opositor que reivindicou conversar sobre essa suposta proposta econômica, reiteradamente desmentida por Capriles.

O candidato opositor garantiu que esse suposto pacote é um documento ''forjado'' e faz parte de uma estratégia de ''guerra suja'' por parte do governo.

Chávez voltou a dizer que ganhará de Capriles por ''nocaute'' e reiterou que espera conseguir 70% dos votos para garantir o quarto mandato.

Novamente, Chávez voltou a defender que sua coligação representa a tranquilidade e a estabilidade e pediu o voto das classes poderosas para que possam continuar fazendo seus negócios em um clima de normalidade.

''Eles têm que votar em Chávez pela tranquilidade do país'', disse o atual presidente. Ele insistiu que ''se alguém pretende desmontar'' as políticas públicas de apoio às classes desfavorecidas do país pode causar um retrocesso ''e gerar na Venezuela um processo de desestabilização''.

Chávez também se referiu à saída de seu vice-presidente, Elías Jaua, que será candidato ao governo de Miranda, e disse que está buscando alguém para substituí-lo, embora não antecipou quem será. Além disso, confirmou Nicolás Maduro como chanceler.

Quase 19 milhões de venezuelanos serão chamados às urnas no dia 7 de outubro para escolher o presidente, com Chávez e Capriles como favoritos, além de outros cinco candidatos independentes.

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