Durante sua aparição na televisão, Chávez cumprimentou o Papa e aplaudiu "a importância que a Igreja Católica dá a Cuba" (©AFP / Miguel Angel Angul)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2012 às 22h54.
Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse hoje que não reconhece o 'inválido e ilegal' Governo que se instalou no Paraguai e qualificou de 'vergonhoso' o julgamento político que terminou com o impeachment de Fernando Lugo e a ascensão ao poder do até agora vice-presidente Federico Franco.
'O Governo venezuelano, o Estado venezuelano, não reconhece a esse inválido, ilegal e ilegítimo Governo que se instalou em Assunção', declarou Chávez no palácio de Miraflores (sede do Executivo) antes da chegada de seu colega do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.
Questionando que 'Lugo foi retirado de maneira totalmente ilegítima do poder', Chávez considerou que fizeram o 'mesmo' em junho de 2009 com o então presidente de Honduras, Manuel Zelaya, e o que 'tentaram fazer' na Venezuela, ao se referir ao golpe que o tirou brevemente do poder em abril de 2001.
'Não só se ataca o presidente Lugo e o Governo legítimo do povo paraguaio, se ataca a história paraguaia e alguém diria mais, se ataca a Unasul (União de Nações Sul-Americanas)', sentenciou Chávez, ressaltando que 'isto não vai terminar lá'.
O presidente venezuelano advertiu que é 'um golpe das burguesias, da burguesia paraguaia, subordinada aos interesses imperiais' e apontou que estão tentando frear 'não só o processo de mudanças no Paraguai, mas que o povo paraguaio ratifique e confirme este processo de mudança nas eleições'.
'Estão tentando cercear, mas também tentando dividir os Governos, os povos da União de Nações Sul-Americanas, mas já veremos a respostas nesta região e nos próximos dias', finalizou Chávez.