Com a vitória de Dilma, Chávez foi um dos primeiros a enviar mensagem à presidente e postar recados na rede social Twitter (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2011 às 06h40.
Brasília – Depois de quatro meses no governo, a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, terão reunião de trabalho em Brasília. Chávez confirmou sua visita ao Brasil para 10 de maio – uma terça-feira. Inicialmente, ele havia marcado para o último dia 28, mas os desencontros de agendas levaram ao adiamento da viagem. O objetivo é reforçar as parcerias e investimentos comuns, além da integração fronteiriça.
No começo de fevereiro, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, esteve em Caracas quando conversou com o chanceler venezuelano, Nicolas Maduro. Patriota e Maduro definiram que o Brasil e a Venezuela deverão intensificar as parcerias nos setores de mineração e petróleo.
Empresas dos dois países mantêm ligações, principalmente nos setores de mineração e construção civil. No ano passado, o comércio entre o Brasil e a Venezuela atingiu US$ 4,68 bilhões, com saldo positivo para o Brasil de mais de US$ 3 bilhões. Atualmente, o Brasil é o terceiro parceiro comercial da Venezuela.
Durante a campanha presidencial brasileira, Chávez disse ser um admirador de Dilma. Após os resultados das eleições, o presidente venezuelano foi um dos primeiros a enviar mensagem à presidente e postar recados na rede social Twitter.
Na cerimônia de posse em Brasília, o venezuelano conversou rapidamente com Dilma e os dois acertaram de se reunir ainda neste semestre. No fim do mês passado, Chávez fez uma série de viagens à América do Sul – ele visitou a Argentina, o Uruguai e a Bolívia. Por onde passou, o presidente da Venezuela defendeu o fortalecimento da integração regional.
Em Buenos Aires, Chávez recebeu o prêmio Rodolfo Walsh de defesa da liberdade de expressão, concedido pela Faculdade de Jornalismo da Universidade Nacional de La Plata. A premiação gerou polêmica, considerando que o presidente é acusado por empresários do setor de comunicação de impor censura e restrições à mídia na Venezuela.