Chávez negou ter metástases e repetiu que confia em sua plena recuperação (©AFP / elmer martinez)
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2012 às 18h05.
Caracas - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, confirmou nesta terça-feira em Havana que na próxima quinta voltará ao seu país e que dois dias depois retornará a Cuba para a segunda fase da radioterapia contra o câncer.
'Esta noite tenho a quarta sessão de radioterapia e amanhã a quinta - e última da primeira fase. Na quinta-feira estarei na Venezuela e devo retornar (a Cuba) outra vez no final de semana', detalhou em um discurso transmitido em cadeia obrigatória de televisão na Venezuela.
O governante chegou no sábado passado à capital cubana, apenas uma semana após voltar à Venezuela, depois de permanecer em Cuba durante 21 dias recuperando-se de sua terceira cirurgia desde junho, que foi realizada no dia 26 de fevereiro e lhe extirpou um tumor canceroso de dois centímetros.
'Continuo evoluindo favoravelmente do pós-operatório e agora a radioterapia', acrescentou ao referir-se ao tratamento que começou no domingo passado em uma transmissão na qual apareceu rodeado por vários de seus ministros.
O presidente dedicou a maior parte de seu discurso a repassar programas de governo e aprovar verbas orçamentárias.
Chávez indicou que o tumor extirpado há um mês estava situado na zona pélvica, a mesma de onde extraiu outro, também maligno, no dia 20 de junho do ano passado, mas não deu mais detalhes.
A primeira operação foi por um abscesso pélvico e também foi realizada em Cuba no dia 10 de junho de 2011.
Depois da segunda operação, Chávez se submeteu a um tratamento de quimioterapia que terminou em setembro e do qual saiu afirmando que tinha superado o câncer.
O presidente venezuelano disse antes de viajar para Cuba no fim de semana passado que estaria 'indo e vindo' à ilha e que 'é possível' que algumas das sessões de radioterapia ocorram na Venezuela.
Chávez negou ter metástases e repetiu que confia em sua plena recuperação, e por isso não tem planos de desistir das eleições presidenciais de outubro, nas quais tentará a terceira reeleição.