"Os exames confirmaram e confirmam minha evolução clínica favorável", disse Chávez (Juan Barreto/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2012 às 14h49.
Havana - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, confirmou que voltará de Cuba ao seu país "nos próximos dias" e afirmou que está se recuperando bem da última cirurgia que fez para a retirada de uma lesão cancerígena. Chávez falou na capital cubana rodeado por vários dos seus ministros, em um discurso transmitido pela televisão estatal e que lembrou suas aparições no programa dominical "Alô, Presidente". O programa gravado foi exibido na noite de ontem na televisão estatal venezuelana.
"Eu devo voltar nos próximos dias", afirmou Chávez. Ele também confirmou que se submeterá à radioterapia nas próximas semanas. Chávez notou que duas semanas já se passaram desde a cirurgia, ao dizer que agora tem "um bom estado geral de saúde e todos os parâmetros vitais completamente normais, sem nenhuma complicação".
"Os exames confirmaram e confirmam minha evolução clínica favorável", disse o mandatário. Chávez disse que a cirurgia de 26 de fevereiro removeu um tumor medindo cerca de 2 centímetros, no mesmo local onde na pélvis onde outro tumor foi extraído em junho do ano passado. Ele não quis dizer de qual tipo de câncer sofre.
Chávez comentou apenas brevemente sobre a própria saúde. O mandatário, em campanha para a reeleição, preferiu falar sobre projetos para a construção de casas populares e sobre a expansão do metrô de Caracas. O programa teve mais de duas horas e também mostrou a ministra da Saúde, Eugenia Sader, visitando doentes em um hospital público, e o vice-presidente Elias Jaua, que falou a partir de uma granja de propriedade do irmão do presidente na Venezuela. Chávez também leu uma carta de uma menina venezuelana que desejou melhoras à saúde do presidente. "Eu prometo a você que vou continuar melhorando", respondeu o mandatário.
Confronto na fronteira - Chávez também falou sobre as mortes de dois soldados venezuelanos, que foram assassinados perto da perigosa fronteira com a Colômbia. Ele afirmou que discutiu o assunto com o ministro da Defesa e outros oficiais. Ele não deu detalhes sobre as mortes, mas disse que "a fronteira está repleta de grupos violentos".
O general Eusébio Aguero Sequera disse que os dois soldados morreram em um confronto com um grupo armado na cidade de Rubio, no sábado, e afirmou que um terceiro soldado ficou ferido no choque. Aguero disse que após o confronto o grupo armado cruzou a fronteira para a Colômbia. O general não identificou o grupo armado.
As informações são da Associated Press.