O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, receberá o chanceler da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, nesta quinta-feira, 25, em Brasília. O principal tema da conversa é a situação na Venezuela e a eleição no país vizinho, marcada para o próximo domingo.
Segundo interlocutores da área diplomática, Murillo veio ao Brasil para participar de uma reunião do G20, grupo formado pelas maiores economias do mundo. Aproveitou para pedir uma audiência com o chanceler brasileiro
Brasil e Colômbia participaram das negociações para o Acordo de Barbados, fechado em outubro do ano passado. Nele, representantes de Maduro e da oposição concordaram em que a eleição deve ser livre, transparente, justa e com o resultado aceito por todos.
Atualmente, Maduro tem passado ao público informações contraditórias. Disse que haverá um banho de sangue no país, se perder a eleição para Edmundo González. Ao mesmo tempo, afirmou que vai reconhecer o resultado do pleito.
A Colômbia propõe um entendimento de construção de confiança entre as partes. O tema foi discutido entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro, durante a visita do brasileiro a Bogotá, em abril deste ano.
Na época, Petro chegou a falar sobre a possibilidade de um plebiscito, para garantir direitos àqueles que perderem as eleições. Já Lula reforçou sua posição contrária à aplicação de sanções à Venezuela pelos Estados Unidos.
Em entrevista ao GLOBO, na semana passada, María Corina Machado, principal líder da oposição no país, disse que não haverá vingança, ou revanchismo. Defendeu uma transição pacífica entre um governo e outro, em caso de vitória de González.
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Maria Corina Machado
(A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado (c), participa de passeio político em Guanare, estado de Portuguesa (Venezuela). Venezuela realizará eleições presidenciais em 28 de julho de 2024)
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Nicolás Maduro
(O presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, discursa em evento de campanha nesta terça-feira, em área popular de Caracas (Venezuela). Maduro convidou os seus seguidores a celebrar no Palácio Miraflores – sede do Governo – em Caracas, o seu “triunfo” nas eleições de 28 de julho, quando competirá contra nove adversários pelo próximo mandato de seis anos no poder)
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Edmundo Gonzáles Urrutia
(O candidato presidencial venezuelano Edmundo Gonzalez (C) fala a estudantes ao lado de sua esposa Mercedes Lopez (2ª-L) e da líder da oposição venelana Maria Corina Machado (R) durzueante um comício de campanha na Universidade Central da Venezuela em Caracas, em 14 de julho de 2024)
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(A líder da oposição venezuelana María Corina Machado cumprimenta apoiadores nesta quarta-feira, em evento de campanha em Guanare (Venezuela). Machado afirmou que existe um movimento social de todas as idades e em todas as regiões do país pela “libertação”, mas também pela redenção, porque – disse – os venezuelanos devem curar as suas feridas e reunir-se)
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(Fotografia cedida pelo Palácio Miraflores do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cumprimentando apoiadores durante evento de campanha nesta quarta-feira, em Caracas (Venezuela). Maduro pediu a milhares de trabalhadores que se reuniram em Caracas que votassem, antes das eleições de 28 de julho, ao mesmo tempo que prometeu recuperar os salários da classe trabalhadora, reduzidos durante os seus 11 anos de governo)
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Nicolás Maduro
(Seguidores do presidente da Venezuela e candidato presidencial, Nicolás Maduro, participam esta terça-feira num evento de campanha, numa zona popular de Caracas (Venezuela). Maduro disse que um “morruñeco (tolo)” não pode aspirar à presidência de um país, por isso destacou a importância de “ter saúde” para realizar esse trabalho e assumir os seus compromissos)
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(O presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, discursa em evento de campanha nesta quinta-feira, em Caracas (Venezuela))
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Apoiadores do presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, seguram cartazes em evento de campanha em Caracas (Venezuela)
(Apoiadores do presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, seguram cartazes em evento de campanha nesta quinta-feira, em Caracas (Venezuela))