Mundo

Chanceler russo diz que não há acordo com EUA sobre Crimeia

Ministro das Relações Exteriores da Rússia disse que não há nenhum acordo com os Estados Unidos sobre o conflito da Crimeia


	O secretário de Estado americano, John Kerry (e), e o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov: "não há nenhum acordo com os EUA sobre a Ucrânia", disse Lavrov
 (Philippe Desmazes/AFP)

O secretário de Estado americano, John Kerry (e), e o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov: "não há nenhum acordo com os EUA sobre a Ucrânia", disse Lavrov (Philippe Desmazes/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 14h26.

Roma - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse nesta quinta-feira, após encontro em Roma (Itália) com o secretário de Estado americano, John Kerry, que não há "nenhum acordo com os Estados Unidos" sobre o conflito da Crimeia.

Segundo informou a imprensa italiana, o próprio Lavrov contou sobre o desentendimento após o fim da reunião, realizada paralelamente à Conferência sobre a Líbia, que reuniu cerca de trinta representantes de países e organizações internacionais.

"Não há nenhum acordo com os Estados Unidos sobre a Ucrânia. Qualquer solução para a crise ucraniana deverá ser ratificada por todas as partes envolvidas, incluída a Crimeia", disse o chefe da diplomacia russa.

Sobre a decisão dos Estados Unidos de restringir vistos, além de outras sanções, contra pessoas e entidades responsáveis pela intervenção militar russa na península ucraniana da Crimeia, Lavrov afirmou que as medidas só contribuem para "aumentar" a tensão.

"A intenção dos Estados Unidos de impor sanções contra Moscou já é uma ameaça. Estas sanções contra alguns expoentes da administração russa aumentam a pressão e não são construtivas", disse.

No entanto, Lavrov afirmou que "ainda não existe uma lista" com o nome de cidadãos russos que terão o acesso aos EUA negado.


"Ainda não existe uma lista de cidadãos russos que terão vetados o acesso aos Estados Unidos, trata-se apenas de uma normativa mas isto não muda a situação porque continua supondo uma ameaça, como a decisão de bloquear a atividade do G8 e o Conselho Otan-Rússia", criticou.

Kerry anunciou ontem à noite em Paris um "acordo para prosseguir com as conversas com os russos e ucranianos" para tentar solucionar a crise da Ucrânia.

O ministro russo reiterou a postura de seu país em relação à crise ucraniana e repetiu o expressado ontem em Madri, onde afirmou que uma saída para a situação da Ucrânia passa por respeitar o acordo de 21 de fevereiro entre o então presidente do país, Viktor Yanukovich, e a oposição.

Segundo a imprensa italiana, nesta tarde haverá uma reunião sobre a crise ucraniana entre Kerry, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, e a ministra de Relações Exteriores italiana, Federica Mogherini.

O secretário de Estado americano manteve durante a manhã de hoje uma reunião com os chanceleres da Itália, França e Alemanha e o vice-ministro das Relações Exteriores do Reino Unido sobre o conflito na Ucrânia, paralelamente à Conferência internacional de amigos da Líbia, realizada hoje em Roma.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrimeiaCrise políticaEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba