Mundo

Chanceler irlandês nega que país abandonará o euro

Michael Martin garantiu que o país não pensa em sair do euro e afirmou que o pacote de resgate é inegociável para quem vencer as eleições antecipadas de 2011

Michael Martin, ministro das Relações Exteriores da Irlanda: "como é possível sair do euro?" (Mandel Ngan/AFP)

Michael Martin, ministro das Relações Exteriores da Irlanda: "como é possível sair do euro?" (Mandel Ngan/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2010 às 13h03.

Madri - O ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Michael Martin, garantiu que o país não pensa em sair do euro, ao mesmo tempo que afirmou que o pacote de resgate é inegociável para quem vencer as eleições anticipadas de 2011.

"Não. É algo que nem foi discutido. Em absoluto", afirmou Martin a respeito da saída do euro, em uma entrevista publicada pelo jornal espanhol El País.

"Como é possível sair do euro? Somos uma economia pequena e exportadora, o mercado único é de enorme importância para a Irlanda", disse o ministro, que defendeu a atuação do Banco Central Europeu (BCE) na defensa da moeda única europeia.

Martin também negou a possibilidade de divisão do euro em duas zonas, como chegou a ser especulado.

O chanceler admitiu que o grande erro cometido em termos de finanças públicas foi gastar muito e reduzir a arrecadação fiscal em demasia, o que levou o país a precisar de uma ajuda financeira da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A crise financeira irlandesa também provocou a convocação de eleições antecipadas para o próximo ano, mas Martin advertiu que independente do resultado, o novo Executivo terá que seguir adiante com o plano de resgate.

Na quarta-feira passada, o Parlamento irlandês aprovou o plano de resgate internacional de 85 bilhões de euros (113 bilhões de dólares).

Acompanhe tudo sobre:CâmbioCrises em empresasEuroEuropaIrlandaMoedasPiigs

Mais de Mundo

Cardeais discutem situação financeira da Santa Sé, um dos desafios do novo papa

Trump diz não querer que China sofra com tarifas que impôs ao país

Ucrânia expressa disponibilidade para declarar trégua de até 3 meses

O que acontece quando um país muda sua capital?