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Chanceler grego critica 'loucura' das agências de classificação

A declaração foi feita após a Standard and Poor's e a Moody's tomarem decisões controversas

O ministro grego das Relações Exteriores, Stavros Lambrinidis: "infelizmente, muitas pessoas dos mercados supostamente racionais apostaram bilhões de euros no naufrágio da Grécia" (Eurokinissi/AFP)

O ministro grego das Relações Exteriores, Stavros Lambrinidis: "infelizmente, muitas pessoas dos mercados supostamente racionais apostaram bilhões de euros no naufrágio da Grécia" (Eurokinissi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2011 às 09h07.

Berlim - O ministro grego das Relações Exteriores, Stavros Lambrinidis, denunciou nesta quarta-feira a "loucura" das agências de classificação financeira, depois das decisões controversas da Standard and Poor's e da Moody's.

"Ontem a Moody's rebaixou a nota de Portugal. Mas o rebaixamento não aconteceu porque Portugal não está fazendo reformas, e sim motivado pela hipótese de que o país necessite um novo resgate. Percebem a loucura desta profecia autocumprida?", questionou em uma entrevista em Berlim.

"Infelizmente, muitas pessoas dos mercados supostamente racionais apostaram bilhões de euros no naufrágio da Grécia, assinando contratos de seguros contra o falta de pagamento da dívida soberana, os CDS (Credit Default Swaps)", completou Lambridinis.

A agência Standard and Poor's afirmou recentemente que a participação dos bancos privados no novo resgate da Grécia poderia equivaler a uma suspensão de pagamentos (default) seletiva, o que ativaria o pagamento dos CDS.

O ministro grego também pediu o fim da "retórica de castigo" na Alemanha.

"Os alemães têm a impressão de que precisam salvar os pecadores, e os gregos acreditam que estão sendo ajudados por chefes severos", criticou.

Apesar de ter agradecido o "apoio" das Alemanha, Lambrinidis recordou que a maior economia europeia obteve grandes vantagens com a introdução da moeda e do mercado únicos.

"O aeroporto de Atenas foi construído em grande parte por empresas alemãs, e pago com fundos europeus", disse.

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