Acordo: no terceiro dia, as negociações "avançam no ritmo esperado pela França" (Stephane Mahe / Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 12h53.
Paris - O presidente da Conferência Climática de Paris (COP21) e ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, pediu nesta quarta-feira aos diplomatas dos quase 200 países que participam do evento para acelerar as negociações para que uma minuta de acordo esteja pronta no sábado, permitindo que os chanceleres fechem o pacto na próxima semana.
Essa foi a principal mensagem de Fabius em uma entrevista coletiva conjunta com a secretária-geral da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Christiana Figueres, para informar sobre o andamento das negociações na conferência.
Fabius disse que a cúpula teve um grande início na segunda-feira, com a presença de mais de 150 líderes mundiais, assim como o anúncio de importantes iniciativas do setor privado para fazer parte das soluções ao aquecimento global.
No terceiro dia, as negociações "avançam no ritmo esperado pela França".
Dos discursos feitos pelos líderes na abertura do evento, Fabius destacou três pontos: a urgência de atuar o quanto antes, a responsabilidade de buscar um acordo universal e a justiça para encontrar um pacto equitativo entre as partes.
O chanceler francês informou que ele e a secretária-geral da UNFCCC mantêm contato diário com os dois moderadores das negociações.
Eles pediram que os diálogos sejam acelerados e que no sábado haja uma minuta do acordo finalizada, já esperando a chegada dos ministros das Relações Exteriores dos países na segunda.
"As negociações estão tendo seus altos e baixos, há muitas vírgulas colocadas e retiradas todos os dias porque, não esqueçamos, o que temos em nossas mãos é um acordo universal para fazer frente ao maior desafio de nossa era", indicou Figueres.
Sobre esse desafio, ela reiterou que "ninguém mais poderá dizer que a mudança climática não está na agenda", tanto que a cúpula bateu o recorde mundial do maior número de chefes de Estado e governo "falando sobre o mesmo tema, no mesmo lugar e no mesmo dia".
"Só na Assembleia-Geral das Nações Unidas ocorre uma situação assim, mas ao longo de vários dias e não em um só", afirmou.