Nos últimos dois anos, a Organização das Nações Unidas (ONU) e unilateralmente os Estados Unidos e países europeus adotaram várias sanções ao Irã (Behrouz Mehri/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2012 às 07h45.
Brasília – A duas semanas da retomada das negociações com a comunidade internacional, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, disse que o país manterá o desenvolvimento do seu programa nuclear. Segundo ele, todos estão em alerta para não ceder à pressão internacional. Nos próximos dias 13 e 14, o Irã e o grupo 5+1 (formado pelos Estados Unidos, a Rússia, China, o Reino Unido, a França e Alemanha) retomarão o diálogo na busca pelo fim do impasse envolvendo os iranianos.
Salehi disse que o Irã não subestima os inimigos e, por isso, todos no país estão em alerta em relação a eventuais pressões contra o programa nuclear. Segundo ele, a “vigilância iraniana” envolve o guia supremo, o presidente da República, o Exército, que ele chama de os guardiães da revolução, e o Bassidj (a milícia islâmica).
“O Ocidente pensa que o Irã, como muitos países, cederá sob pressão dos norte-americanos, mas estão todos enganados. Há 33 anos que os países ocidentais pressionam e impõem sanções aos nossos bancos. Essas sanções criam talvez pequenos problemas, mas nós continuamos o nosso caminho”, acrescentou o chanceler.
Nos últimos dois anos, a Organização das Nações Unidas (ONU) e unilateralmente os Estados Unidos e países europeus adotaram várias sanções ao Irã. Recentemente, foram ampliadas as restrições petrolíferas. A comunidade internacional desconfia que o programa nuclear iraniano esconda a produção de armas atômicas. As autoridades iranianas negam as suspeitas.