Boyko Borisov: os protestos também resultaram na renúncia do primeiro-ministro da Bulgária, o conservador Boyko Borisov (REUTERS/Laurent Dubrule)
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 13h31.
Praga - A companhia elétrica tcheca CEZ, que perdeu a licença com a qual operava no país desde 2005, acusou nesta quarta-feira o governo búlgaro de usar os investidores estrangeiros como "bode expiatório" para por fim aos protestos desencadeados no país pela alta da luz.
Os protestos, que geraram inúmeros episódios violentos nos últimos dias, também resultaram na renúncia do primeiro-ministro da Bulgária, o conservador Boyko Borisov, e de todo o Executivo nesta quarta-feira.
De acordo com Tomas Pleskac, diretor da divisão de Distribuição e Internacional da CEZ, o aumento do preço da luz está relacionado com "as altas temperaturas de dezembro" e a extensão do período de faturamento, que foi de 40 dias ao invés de 30 "por incluir as férias ortodoxas de Natal".
Pleskac assegurou que a CEZ não modificou suas tarifas, já que "o ano de regulação vai de 1º de julho até 30 de junho".
Neste aspecto, o diretor insistiu que a CEZ, uma das três companhias elétricas estrangeiras que distribuem eletricidade na Bulgária, "não viola nenhuma regulação do mercado energético".
A Comissão Estatal de Regulação de Energia e Água (DKEVR), regulador independente estatal, informou hoje que iniciou o processo de retirada da CEZ, sobre o qual se pronunciará no próximo dia 16 de abril.
Neste aspecto, Pleskac advertiu que, se sua companhia perder a licença, a CEZ denunciará o caso aos tribunais búlgaros e também à Comissão Europeia.