Casas destruídas no norte da Faixa de Gaza: ambas as partes respeitam trégua (Roberto Schmidt/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2014 às 10h19.
Jerusalém - Nesta quinta, o primeiro dia do novo cessar-fogo de cinco dias em Gaza pactuado entre Israel e as milícias palestinas, graças à mediação egípcia, está sendo respeitado hoje por ambas as partes, apesar de ataques pontuais durante a noite.
A meia-noite expirava a primeira trégua desta semana, de 72 horas, que foi respeitada escrupulosamente pelos dois lados desde sua entrada em vigor na segunda-feira.
Após um ferrenho silêncio sobre o desenvolvimento das conversas indiretas que o Egito media no Cairo entre Israel e uma delegação palestina, o chefe desta equipe negociadora, Azzam El Ahmad, anunciou a ampliação da trégua momentos antes do fim.
A partir deste momento, começou a nova cessação de hostilidades que logo nos primeiros minutos foi ameaçada pelo lançamento de foguetes da Faixa.
Ontem à noite, passadas as 22h (locais, 16h em Brasília), oito foguetes, contabilizou o exército israelense, foram disparados em direção ao território israelense sem que nenhum grupo reivindicasse sua autoria.
Sami Abu Zuhri, porta-voz do braço armado do Hamas, as "Brigadas de Azzedim Al Qassam", se apressou em desmentir que seu grupo era responsável pelos ataques, mas o governo israelense emitiu uma ordem de resposta diante da violação da trégua.
Foram registrados vários bombardeios no norte e no sul de Gaza sem vítimas ou feridos, e depois deles a calma foi retomada, sem nenhuma das partes ter declarado o fim da trégua.
Hoje as sirenes voltaram a soar nas proximidades de Gaza, mas o exército israelense esclareceu ter se tratado de um falso alarme, publicou o jornal "Ha'aretz".
Está prevista para esta tarde uma reunião do gabinete para assuntos de segurança do governo israelense, que ontem se mostrou dividido diante da decisão de aceitar ou não uma trégua permanente com o Hamas que pudesse não contemplar o desarmamento das milícias palestinas.
Já o Hamas reiterou antes da renovação do cessar-fogo que o fim do bloqueio israelense sobre Gaza é a única saída ao conflito.