Mediterrâneo: o ano que está prestes a acabar registra um dado aterrorizante para a Europa: o mais letal da história para a rota do Mediterrâneo (foto/Getty Images)
AFP
Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 19h29.
Última atualização em 28 de dezembro de 2016 às 19h30.
Aproximadamente 900 imigrantes foram resgatados na madrugada desta quarta-feira (28) no Mar Mediterrâneo, próximo à Líbia, em uma operação que confirma que 2016 foi um ano recorde em relação ao número de imigrantes e de refugiados que tentam entrar na Europa.
A maioria dos imigrantes resgatados viajava a bordo de duas embarcações de madeira que navegavam juntas. Na madrugada, outras 40 pessoas foram socorridas em um outro barco.
O ano que está prestes a acabar registra um dado aterrorizante para a Europa: o mais letal da história para a rota do Mediterrâneo.
Mais de 5.000 pessoas perderam a vida, ou desapareceram, na travessia, como apontam dados divulgados pela ONU.
Um navio militar britânico, que faz parte da operação europeia "Sophia" contra o tráfico de pessoas, e o barco "Aquarius", fretado pela ONG SOS Mediterrâneo e Médicos Sem Fronteiras - ambos coordenados pela guarda costeira italiana -, resgataram a maioria dos imigrantes.
"Todos estão sãos e salvos", informou a ONG.
Boa parte dos imigrantes é oriunda da Eritreia, Bangladesh, Paquistão, Somália e Síria, segundo os socorristas.
De acordo com o último informe do Ministério do Interior italiano, mais de 180.000 imigrantes chegaram à costa da Itália este ano - a maioria procedente da África Ocidental e do Chifre da África.
Trata-se de um aumento de 17% em comparação aos números de 2015, e de 6%, se comparado ao recorde de 170.100 pessoas registrado em 2014.
O Crescente Vermelho da Líbia anunciou a descoberta de 11 corpos de imigrantes nas praias próximas a Trípoli, capital da Líbia.