Soldados turcos observam reduto dos rebeldes curdos em Hakkari no mês de agosto (AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2012 às 20h12.
Ancara - Quase 10 mil presos curdos anunciaram que se somarão nesta segunda-feira à greve de fome que outros 682 já estão realizando em defesa dos direitos da população curda.
A agência pró-kurda ''Firat'' reproduz um comunicado que informa sobre a adesão ao protesto ''em nome de todos os presos do Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK)'' ''exceto idosos, crianças e doentes''.
Os participantes da greve, que começou em 12 de setembro e completa hoje 55 dias, exigem o direito de se defender nos tribunais em curdo, sua língua materna, e que esta seja introduzida no ensino primário.
Além disso, pedem para suspender o regime de isolamento de Abdullah Öcalan, o líder do PKK, preso desde 1999, para que possa participar de uma solução negociada do conflito curdo.
Bülent Arinç, vice-primeiro-ministro da Turquia, reiterou hoje à emissora ''NTV'' que as duas primeiras reivindicações ''já estão sob análise''.
Ele se referiu ao programa político de seu partido, e declarou que esse tipo de proposta deve ser tratado no Parlamento, e não através de outras ações.
''Conclamo todos a pôr fim à greve de fome'', disse Arinç.
Há duas semanas, os manifestantes que apoiam a greve de fome e a polícia entraram em confronto quase diariamente em várias cidades turcas.