Naufrágio: as rotas entre o norte da África e Itália são as mais perigosas e onde ocorreram mais naufrágios (Darrin Zammit Lupi / Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2016 às 15h55.
Genebra - O número de mortes no Mediterrâneo não para de aumentar, disse nesta terça-feira a Organização Internacional de Migrações (OIM), que indicou que nos últimos três anos a cada dia morreram afogados dez imigrantes ou refugiados durante a travessia rumo à Europa.
"Na segunda-feira foi o dia do terceiro aniversário da tragédia de Lampedusa (Itália) que matou, em um só naufrágio, 368 pessoas e desde então ocorreram em média dez mortes diárias no Mediterrâneo", sustentou o porta-voz da organização, Joel Millman.
Desde o começo de outubro de 2013 até hoje, houve quase 11 mil pessoas desaparecidas ou cuja morte foi confirmada, segundo os dados da OIM.
"Atualmente, enquanto estou sentado aqui, estou me inteirando que nosso pessoal na Itália informa sobre a morte de 21 pessoas mais,", lamentou Millman durante uma entrevista coletiva em Genebra.
Este último naufrágio pode ter ocorrido devido à explosão do motor, segundo testemunhos recolhidos.
A embarcação acidentada era uma das 39 que estavam em rota da Líbia rumo à Itália e das quais foram recuperados 6 mil imigrantes.
De outubro de 2013 - quando a OIM começou a registrar sistematicamente estes dados, em coincidência com o início da crise de refugiados - a dezembro desse ano foram computados 458 mortos no Mediterrâneo.
Durante 2014, os mortos foram 3.279; em 2015 chegaram a 3.673 e desde o inícios de 2016 houve 3.522.
As rotas entre o norte da África e Itália são as mais perigosas e onde ocorreram mais naufrágios, confirmou Millman.