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CEO do JPMorgan aconselha Trump a priorizar imigração e educação em novo mandato

Jamie Dimon propõe políticas migratórias equilibradas, reforma educacional e ampliação de crédito fiscal

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 08h12.

Com a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos marcada para 20 de janeiro, líderes de Wall Street começam a sugerir prioridades para o novo mandato. Entre eles, Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase (JPM), destacou reformas em imigração e educação como áreas críticas durante entrevista à CBS News no último domingo, 12.

Dimon sugeriu que Trump comece por reforçar a segurança de fronteiras antes de implementar uma política de imigração mais ampla e funcional. “Resolver a segurança de fronteiras é fundamental. Depois disso, é possível implementar uma imigração adequada”, afirmou.

Trump, que tem um histórico de políticas rígidas, já anunciou medidas polêmicas, incluindo a maior deportação em massa da história dos EUA, o fim da cidadania por nascimento e a construção de novos centros de detenção para imigrantes ilegais. Além disso, planeja reinstaurar políticas de seu primeiro mandato, como restrições a vistos de trabalho, incluindo o H-1B, e a expansão do muro na fronteira com o México.

Embora concorde com o foco em segurança de fronteiras, Dimon enfatizou a importância de equilibrar a discussão. “Todo país do mundo se preocupa com a segurança de suas fronteiras”, destacou o executivo, sugerindo um debate mais amplo sobre o tema.

Além da imigração, Dimon apontou falhas no sistema educacional americano, defendendo avaliações baseadas no sucesso dos alunos no mercado de trabalho. “Isso pressionaria as instituições a ensinar habilidades que realmente garantam bons empregos”, afirmou. Ele citou áreas como análise de dados, manufatura, enfermagem e finanças como setores com alta demanda que precisam de profissionais qualificados.

O CEO também propôs dobrar o crédito tributário sobre a renda do trabalho, beneficiando trabalhadores de baixa e média renda, especialmente aqueles com filhos. “Essa medida colocaria muito mais dinheiro nos bolsos das pessoas que estão trabalhando, gerando impactos positivos em suas comunidades e famílias”, explicou.

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