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Centro-esquerda italiana apoia Prodi para presidente

Escoha provocou uma batalha com a centro-direita que levanta a possibilidade de eleições antecipadas na metade do ano

Assistente durante a abertura das urnas durante o segundo dia de votação presidencial no Parlamento da Itália, em Roma (Max Rossi/Reuters)

Assistente durante a abertura das urnas durante o segundo dia de votação presidencial no Parlamento da Itália, em Roma (Max Rossi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 10h07.

Roma - O principal partido de centro-esquerda da Itália escolheu o ex-primeiro-ministro Romano Prodi como o seu candidato a presidente nesta sexta-feira, o que provocou uma batalha com a centro-direita de Silvio Berlusconi que levanta a possibilidade de eleições antecipadas na metade do ano.

A aliança de Berlusconi imediatamente rejeitou Prodi, um dos mais antigos inimigos do bilionário de mídia, dizendo que sua eleição poderia impedir a formação de qualquer governo e levar a novas eleições, possivelmente, ao final de junho ou início de julho.

A eleição do próximo chefe de Estado para suceder o presidente Giorgio Napolitano, cujo mandato termina em 15 de maio, é crucial para acabar com um impasse de dois meses desde a eleição parlamentar, em fevereiro, que não deixou nenhum partido capaz de formar um governo.

A escolha de Prodi representa uma completa reviravolta para o líder de centro-esquerda Pier Luigi Bersani, cuja tentativa de impor o ex-porta-voz do Senado Franco Marini ao partido, depois de um acordo com Berlusconi, fracassou na quinta-feira.

A presidente do Partido Democrático (PD), Rosy Bindi, disse após a reunião que a escolha de Prodi retirou a ameaça de uma divisão e o partido estava unido em apoio a ele. "O partido se manifestou por unanimidade", disse ela a jornalistas.

Marini recebeu bem menos do que a maioria de dois terços necessária para a eleição depois de dezenas de eleitores de centro-esquerda votarem em branco no primeiro turno das eleições, efetivamente afundando sua candidatura e forçando o partido a buscar um novo candidato.

O presidente é eleito por uma sessão conjunta das duas Casas do parlamento acompanhada por 58 delegados regionais em um processo complexo, que exige várias rodadas de votação.

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