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Centro de pesquisas na Geórgia nega acusações de experiências com humanos

Diretor de centro disse que é "loucura" as acusações da Rússia, que afirmam que os Estados Unidos testaram lá armas biológicas

Armas biológicas: Rússia acusou Estados Unidos de testarem armas biológicas em humanos (Divulgação/Wikimedia Commons)

Armas biológicas: Rússia acusou Estados Unidos de testarem armas biológicas em humanos (Divulgação/Wikimedia Commons)

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EFE

Publicado em 4 de outubro de 2018 às 14h20.

Tbilisi - O Centro de Pesquisas da Saúde Pública Richard Lugar, nos arredores da capital de Geórgia, Tbilisi, qualificou nesta quinta-feira, 4, de "loucura" as acusações da Rússia, que afirmam que os Estados Unidos testaram lá armas biológicas em humanos.

"Somos um laboratório científico de alto nível, supervisionado regularmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Não fazemos experiências nem com humanos, nem com animais", disse à Agência Efe o diretor do Centro, Amiran Gamkrelidze.

O Ministério da Defesa da Rússia denunciou que existem evidências de que os EUA "muito provavelmente" fizeram experimentos com humanos ao desenvolver armamento biológico em tal laboratório.

Gamkrelidze afirmou que no centro de pesquisas, aberto há nove anos, trabalham cientistas georgianos, americanos, britânicos, turcos, armênios, azerbaijanos e ucranianos, entre outras nacionalidades.

"A transparência e o controle internacional são condições indispensáveis para o funcionamento de nossa unidade", ressaltou o diretor.

O porta-voz da Presidência da Geórgia, Zurab Abashidze, disse hoje à Efe que o governo georgiano convidou especialistas russos para visitarem o laboratório para esclarecer suas dúvidas. "Será no mínimo estranho se não vierem", disse Abashidze.

As acusações da Rússia se baseiam na documentação apresentada recentemente pelo ex-ministro georgiano de Segurança Nacional Igor Guiorgadze, refugiado em Moscou desde 1995, após ser acusado de organizar um atentado contra o então presidente do Parlamento da Geórgia, Eduard Shevarnadze.

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