Usina nuclear de Fukushima: "uma catástrofe natural pode acontecer em qualquer parte do mundo. A segurança em 100% não existe", advertiu diretor geral da AIEA (AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2014 às 08h32.
Tóquio - O diretor geral da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, afirmou nesta segunda-feira em Tóquio que a organização continuará aperfeiçoando suas normas depois do acidente de Fukushima, mas advertiu que uma central nuclear jamais será 100% segura.
Em uma entrevista coletiva antes de uma reunião com o primeiro-ministro nipônico Shinzo Abe, Yukiya Amano recordou que as regras devem evoluir.
"Para a segurança, o importante é que o processo seja evolutivo. Nós devemos melhorar a segurança continuamente, sem cair na auto satisfação", insistiu.
"No entanto, uma catástrofe natural pode acontecer em qualquer parte do mundo. A segurança em 100% não existe", advertiu.
Amano destacou que o que a agência nuclear da ONU poda fazer "é prevenir na medida do possível os acidentes potenciais para diminuir as consequências".
No Japão, além dos seis reatores lacrados da central de Fukushima Daiichi - devastada pelo tsunami de 11 de março de 2011 -, os outros 48 reatores do país estão parados à espera de uma certificação de segurança.