Refugiados sírios cruzam fronteira com a Turquia: mais de 2 milhões de pessoas já fugiram da guerra civil da Síria (REUTERS/Umit Bektas)
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2013 às 18h08.
Roma - Centenas de refugiados sírios foram resgatados do mar agitado e levados para a costa sul da Itália nas últimas 24 horas, disse a guarda costeira italiana neste sábado.
Três barcos trazendo 809 refugiados e, possivelmente, alguns imigrantes, incluindo muitas mulheres e crianças, foram interceptados nas ilhas mediterrâneas de Lampedusa e Sicília e na região da Calábria, no dedo do pé da Itália.
Um barco com 171 refugiados estava com problemas e afundando aos poucos quando foi resgatado a cerca de 40 km da Calábria, disse a guarda costeira.
Todos os 359 refugiados resgatados em Siracusa, na Sicília, e os 171 resgatados na Calábria pareciam ser da Síria, disseram as autoridades italianas, enquanto que a nacionalidade dos resgatados em Lampedusa ainda não foi divulgada.
O número de refugiados sírios que chegam à Itália tem aumentado constantemente nos últimos meses, e a ONU estima que 3,3 mil chegaram desde o início de agosto.
Mais de 2 milhões de refugiados já fugiram da guerra civil da Síria, principalmente para os vizinhos Iraque, Jordânia, Turquia e Líbano, de uma população total de cerca de 20 milhões. Estima-se que o conflito, que já dura dois anos e meio, já matou mais de 100 mil pessoas.
Milhares de imigrantes e refugiados tentam chegar às costas do sul da Itália no verão do Hemisfério Norte, quando as águas do Mediterrâneo são calmas o suficiente para que pequenos barcos façam a travessia, geralmente da Líbia ou Tunísia.
Embora a maioria venha da África subsaariana, esse ano muitos estão fugindo da guerra civil na Síria ou da turbulência política no Egito e em outras partes do norte da África.
Muitos são atraídos pela esperança de encontrar trabalho na Europa e muitas vezes não ficam na Itália.
Imigrantes ilegais interceptados pelas autoridades italianas são levados para centros de imigração estatais. Alguns fogem dos edifícios, normalmente pouco vigiados, para procurar trabalho, e aqueles que permanecem e não podem provar que são refugiados políticos são enviados de volta para casa.