Abdelaziz Bouteflika, presidente da Argélia: governo proibiu protestos contra o regime (Koichi Kamoshida/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2011 às 08h11.
Argel - Centenas de policiais nas calçadas e nas ruas próximas à praça Primeiro de Maio, no centro de Argel, tentam impedir que a população inicie uma manifestação reivindicando reformas no poder, constatou a Agência Efe.
A Polícia argelina tenta dispersar os grupos de centenas de pessoas e impedir que alcancem a praça.
Entre as palavras de ordem dos manifestantes estão "poder assassino", "abaixo a opressão" e outras palavras contra o regime e o presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika.
Como informaram à Agência Efe fontes da Liga Argelina de Direitos Humanos, o serviço de trens nos arredores de Argel foi cortado e policiais instalaram controles policiais nas estradas para impedir a chegada de muitos cidadãos à capital.
O presidente da Liga Argelina de Direitos Humanos, Mustafá Buchachi, disse à Efe que a Polícia o havia impedido até o momento chegar à praça do Primeiro de Maio.
No entanto, o presidente de honra desta Liga, Ali Yahia Abdennur, de 91 anos, a figura mais respeitada na coordenação da manifestação, conseguiu chegar às imediações da praça e lidera neste momento um dos grupos que tenta chegar à praça.
Abdennur estimou a presença de mais de 40 mil policiais na praça.
A Coordenação pela Mudança e a Democracia, grupo que convocou o protesto, é formada por organizações da sociedade civil, sindicatos e alguns políticos.