Protesto: as forças da ordem dispararam ao ar e usaram gás lacrimogêneo e jatos de água para impedir a invasão, o que causou lesões e sintomas de asfixia em 25 pessoas (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2016 às 14h11.
Bagdá - Centenas de manifestantes iraquianos invadiram nesta sexta-feira de novo a fortificada Zona Verde de Bagdá e se dirigiram às sedes do governo e do parlamento, em meio a uma grande crise política no país.
Uma fonte de segurança informou à Agência Efe que os manifestantes, seguidores do poderoso clérigo xiita Moqtada al-Sadr e ativistas, conseguiram entrar no escritório do primeiro-ministro, Haidar al Abadi, apesar da intervenção policial.
As forças da ordem dispararam ao ar e usaram gás lacrimogêneo e jatos de água para tentar impedir a invasão, o que causou lesões e sintomas de asfixia em 25 pessoas.
Ainda são ouvidos disparos na região, onde estão localizadas além das sedes governamentais, as principais embaixadas ocidentais, entre elas a dos Estados Unidos.
As autoridades enviaram grandes reforços de segurança à zona para tentar controlar a situação, segundo a fonte.
Esta é a segunda vez em menos de um mês que manifestantes xiitas seguidores de al-Sadr entram na Zona Verde para exigir a formação de um governo tecnocrata.
Em 30 de abril, uma multidão invadiu a sede do parlamento, embora no dia seguinte os protestos chegaram ao fim.
Al-Sadr deu vários ultimato ao governo de Al Abadi e ameaçou com protestos, e inclusive suspendeu a participação de seus deputados nas sessões do parlamento até que a câmara vote um novo Executivo.