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Centenas de israelenses se manifestam em Tel Aviv para pedir volta dos reféns

Manifestantes acusam Netanyahu de sabotar negociações com o Hamas e pedem acordo para acabar com a guerra

Israelenses protestam em Tel Aviv: pedido de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza (AFP)

Israelenses protestam em Tel Aviv: pedido de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 3 de novembro de 2024 às 10h01.

Centenas de israelenses se manifestaram neste sábado, 2, em Tel Aviv contra o governo, acusando-o de ser incapaz de alcançar um cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza e de conseguir a libertação dos reféns mantidos em cativeiro no território palestino há mais de um ano.

Os manifestantes, com fotos dos reféns e bandeiras nas mãos, pediam "Um acordo agora" e "Parar a guerra".

"Não os abandonaremos", garantiam, como fazem todas as semanas desde que a guerra eclodiu em 7 de outubro de 2023, na chamada "Praça dos Reféns" na capital econômica de Israel.

"Houve inúmeras oportunidades para pôr fim a essa crise, e cada uma delas foi sabotada pelo governo" do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou à AFP Zahiro Shahar Mor, de 52 anos, cujo tio, Avraham Munder, morreu em cativeiro em Gaza.

Os manifestantes exigem uma trégua negociada com o Hamas, no momento em que Israel afirma ter alcançado a maioria de seus objetivos militares, como a eliminação no mês passado do líder do movimento islamista palestino, Yahya Sinwar.

Para o governo, autoridades americanas e especialistas, Sinwar, considerado o principal articulador do ataque letal de 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, que desencadeou a guerra, era o maior obstáculo para um acordo de trégua.

Ifalt Kaledron, prima do refém franco-israelense Ofer Kalderon, acusa Netanyahu de "sabotar" todos os esforços de cessar-fogo.

"Toda vez que se tenta um acordo sobre os reféns, ele o sabota. Antes, culpava Sinwar, e agora que ele não está mais, sempre encontra outro motivo", afirmou à AFP a estilista de 50 anos, uma figura destacada do movimento antigovernamental.

A guerra na Faixa de Gaza foi deflagrada em 7 de outubro, quando militantes islamistas mataram 1.206 pessoas no sul de Israel, a maioria civis, e sequestraram 251, segundo uma contagem da AFP com base em dados oficiais israelenses.

Dos 251 sequestrados, uma centena ainda está em cativeiro no território palestino, mas 34 foram declarados mortos pelo exército.

A campanha militar israelense em resposta já deixou 43.314 mortos em Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas, e considerados confiáveis pela ONU.

A três dias das eleições nos Estados Unidos, muitos manifestantes também esperam uma maior intervenção do aliado de Israel.

As negociações para uma trégua estão estagnadas desde o verão no hemisfério norte.

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