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Celular e internet são essenciais a refugiados, diz Acnur

O estudo analisou 44 países e concluiu que ter um aparelho com conectividade é, além de uma ferramenta de salvação, importante para a capacitação dos refugiados


	Refugiados: apenas um em cada seis refugiados em áreas rurais tem acesso a internet 3G
 (Reuters/Alkis Konstantinidis)

Refugiados: apenas um em cada seis refugiados em áreas rurais tem acesso a internet 3G (Reuters/Alkis Konstantinidis)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2016 às 09h40.

O acesso a celulares e à internet é fundamental para a segurança dos refugiados, afirma o relatório Connecting Refugees: How Internet and Mobile Connectivity can Improve Refugee Well-Being and Transform Humanitarian Action (Conectando Refugiados: como a internet e a conectividade móvel podem melhorar o bem-estar dos refugiados e transformar iniciativas humanitárias, em tradução livre) produzido pela Agência da ONU para os Refugiados, Acnur, e pela empresa Accenture.

O estudo analisou 44 países, em quatro continentes, e concluiu que ter um aparelho com conectividade é, além de uma ferramenta de salvação, muito importante para a capacitação dos refugiados.

O Alto Comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, afirma que acesso à internet e smartphones pode ser “um meio primordial para compartilhar informações vitais, comunicar-se com membros de famílias separadas, ter acesso a serviços essenciais e reconectar-se com as comunidades locais, nacionais e globais”.

De acordo com a Acnur, atualmente mais de 65 milhões de pessoas estão vivendo como refugiados ou deslocados internos, arrancados de suas casas em busca de segurança e, muitas vezes, lutando para acessar meios básicos de sobrevivência. Destes, 21,3 milhões são refugiados.

Segundo o relatório, os refugiados que vivem em áreas urbanas tendem a ter acesso semelhante às redes móveis assim como outras populações urbanas.

No entanto, para refugiados em localidades rurais a situação é muito diferente. Apenas um em cada seis refugiados em áreas rurais tem acesso a internet 3G e um em cada cinco não tem nenhuma cobertura móvel.

Proposta

Diante deste cenário, o estudo recomenda investimentos em três áreas principais que, juntas, formam a base de uma nova Estratégia Global da Acnur para a Conectividade dos Refugiados: disponibilidade de redes móveis, melhora da acessibilidade e fornecimento dos meios de acesso à formação, conteúdos e serviços digitais.

O estudo concluiu que, como resultado da falta de conectividade segura, refugiados acabam por não ter acesso a informações de que necessitam para melhorar suas vidas, assim como meios para se comunicar com suas famílias e prestadores de serviços humanitários.

O acesso a Internet criaria um poderoso efeito multiplicador que pode melhorar o bem-estar dos refugiados e das comunidades que os acolhem.

A Acnur pretende investir 6 milhões de dólares no lançamento de um projeto-piloto de conectividade em dez países. A ideia é desenvolver uma estratégia para a integração do suporte de conectividade em operações humanitárias como um recurso padrão para apoiar refugiados que precisam assegurar sua proteção e bem-estar.

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