Mundo

Célula terrorista foi desmantelada no país, diz Hollande

O serviço de inteligência teme que, depois do uso de metralhadores, coletes com explosivos e facas, o próximo ataque aconteça com artefatos explosivos


	Francois Hollande: a França permanece em alerta após uma série de atentados em 2015 e 2016
 (Stephane Mahe / Reuters)

Francois Hollande: a França permanece em alerta após uma série de atentados em 2015 e 2016 (Stephane Mahe / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2016 às 11h09.

O presidente francês, François Hollande, afirmou nesta sexta-feira que um atentado foi desbaratado, assim como uma célula terrorista foi desativada, após a descoberta de um carro com botijões de gás em Paris, no final de semana passado, e a prisão de três mulheres radicalizadas.

Além de fazer o anúncio em Atenas, onde se encontra para participar em uma cúpula dos países mediterrâneos da União Europeia, Hollande pediu uma "vigilância reforçada".

"O caso já está nas mãos da justiça, o promotor público fará declarações esta tarde, mas, enquanto presidente da República quero saudar os serviços de inteligência", declarou.

A polícia prendeu na noite de quinta-feira três mulheres radicalizadas envolvidas na investigação sobre o carro com botijões de gás achado no coração de Paris.

A mais jovem, Inés Madani, de 19 anos, ferida a bala pela polícia, é a filha do proprietário do carro, encontrado no domingo nas proximidades da catedral Notre-Dame de Paris.

As outras mulheres detidas têm 39 e 23. O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, as chamou de "radicalizadas, fanáticas".

O ministro declarou que elas preparavam "novas ações violentas e, ao que parece, iminentes".

A polícia francesa está em alerta pelo risco de atentados nas estações de trem de Paris e no subúrbio.

Os investigadores ainda tentam entender porque o carro, com o pisca-alerta ligado e sem placa, foi estacionado em pleno Bairro Latino, a poucos metros da catedral de Notre Dame de Paris, visitada por milhares de turistas.

Dentro do veículo foram encontrados cinco botijões de gás e três recipientes de combustível, mas nenhum sistema de detonação foi localizado.

A França permanece em alerta após uma série de atentados em 2015 e 2016.

Os mais recentes aconteceram em Nice, onde um caminhão atropelou e matou 86 pessoas em 14 de julho, e na região de Rouen (noroeste), onde um padre de 85 anos foi degolado durante uma missa.

O serviço de inteligência teme que, depois do uso de metralhadores, coletes com explosivos e facas, o próximo ataque aconteça com artefatos explosivos em locais de grande fluxo de pessoas.

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasEuropaFrançaFrançois HollandePaíses ricosPolíticosTerrorismoTerroristas

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru