Colombianos que foram deportados da Venezuela: "Estamos trabalhando para essa reunião direta entre Juan Manuel Santos e Nicolás Maduro", assinalou o presidente do Equador (REUTERS/Jose Miguel Gomez)
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2015 às 14h33.
Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou nesta terça-feira que a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) realiza novas gestões para conseguir uma reunião entre os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Venezuela, Nicolás Maduro, para solucionar o conflito na fronteira entre os dois países.
Em um encontro com correspondentes de imprensa internacionais, Correa disse que o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, esteve ontem na Colômbia e hoje está na Venezuela com esse objetivo, mas não deu mais detalhes sobre estas visitas.
"Estamos trabalhando para essa reunião direta entre Juan Manuel Santos e Nicolás Maduro", assinalou o presidente ao expressar sua preocupação pelo conflito, e destacou se tratar de um problema bilateral, por isso as ações se realizam com "respeito à soberania dos dois países, mas que nos afeta como região", acrescentou.
Por essa razão, explicou, se envolveram nas negociações os chanceleres do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, e do Equador, Ricardo Patiño, como representantes dos países que ocupam a presidência rotativa da União de Nações Sul-americanas (Unasul) e da Celac, respectivamente.
As chanceleres da Colômbia, María Ángela Holguín, e da Venezuela, Delcy Rodríguez, se reuniram no sábado em Quito para tentar aproximar posições antes desta eventual reunião dos presidentes.
A crise começou em 19 de agosto quando o presidente da Venezuela ordenou o fechamento de um trecho da fronteira comum sob o argumento de combater o contrabando e supostos paramilitares.
Posteriormente, Maduro decretou estado de exceção em 13 cidades e fechou um novo trecho entre o departamento colombiano de La Guajira e o estado venezuelano de Zulia.
Mais de 21 mil colombianos foram expulsos ou deixaram a Venezuela desde o início desta crise, mostrou um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).