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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
São Paulo - A Petrobrás considera prematuro para se ter uma visão clara dos impactos para a indústria do petróleo do acidente em um poço da British Petroleum (BP) no Golfo do México. "Olhando isso para o futuro, ainda é muito cedo para ter visão clara do impacto sobre os custos que este acidente irá trazer para a indústria como um todo", afirmou o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, em teleconferência para analistas e investimentos sobre o Plano de Negócios 2010-2014.
Como exemplo, o executivo citou que ainda é incerto, no longo prazo, o impacto do acidente no ramo de seguros para a indústria de petróleo. "No curto prazo, verificamos um aumento no custo do seguro e uma maior dificuldade de contratação de apólice. Mas no longo prazo, não é fácil prever isso, dada a situação do que ocorreu no Golfo do México", afirmou o executivo.
O vazamento de óleo no poço da BP no Golfo do México também traz incertezas sobre as futuras normas ambientais para projetos de exploração e produção de petróleo. "Também não está claro se haverá um aumento na rigidez dos licenciamentos e das autorizações, e se isso será permanente e que tipo de demanda virá dos reguladores", disse Gabrielli. O executivo também considerou incerto o impacto do acidente para o mercado de sondas.
Por conta desses fatores, a Petrobrás não considerou os possíveis impactos do acidente sobre os custos da indústria na definição do investimento do novo plano estratégico. "Hoje, nós não consideramos que existam informações suficientes para concedermos um tratamento especial sobre este efeito em nosso plano", afirmou o presidente da estatal.