Homem ajoelha-se para depositar mensagem em memorial, depois de fazer um minuto de silêncio pelas vítimas das explosões na Maratona de Boston (REUTERS/Jessica Rinaldi)
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2013 às 11h17.
Moscou - O Cazaquistão afirmou nesta quinta-feira que condena qualquer forma de terrorismo e está cooperando com os Estados Unidos na investigação do atentado na Maratona de Boston, após dois de seus cidadãos terem sido acusados de interferir no inquérito policial.
Os estudantes Azamat Tazhayakov e Dias Kadyrbayev, ambos de 19 anos, foram acusados por autoridades norte-americanas de conspirarem para obstruir a Justiça, ocultando uma mochila e fogos de artifício que encontraram no dormitório de um dos suspeitos do atentado.
Eles podem pegar até cinco anos de prisão se forem considerados culpados.
Um terceiro homem, um cidadão dos EUA, também de 19 anos, foi acusado de ter feito declarações falsas a investigadores.
"O Cazaquistão condena veementemente qualquer forma de terrorismo", disse o Ministério das Relações Exteriores em seu site. O órgão afirmou ainda que o Cazaquistão está cooperando com as agências de segurança dos Estados Unidos sobre o caso.
O Ministério destacou que Kadyrbayev e Tazhayakov foram acusados de destruir provas e não de envolvimento na organização do ataque à Maratona de Boston, em 15 de abril, que matou três pessoas e feriu 264.
"A culpa não foi provada e a investigação está em andamento", disse o ministério.
Documentos judiciais dos EUA revelaram que três dias após as explosões, o trio agiu rapidamente para encobrir seu amigo depois que o FBI divulgou fotos dos suspeitos do atentado e fez um apelo público por ajuda para localizá-los.
Os alunos foram descritos como amigos de faculdade do suspeito sobrevivente Dzhokhar Tsarnaev, que enfrenta uma possível pena de morte se for condenado pela explosão de duas bombas caseiras, feitas com panela de pressão, no meio de uma multidão de dezenas de milhares de espectadores da Maratona de Boston.