Catar: Fifa deve encerrar na próxima semana a investigação sobre o país (Clive Rose/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2014 às 18h00.
Dubai - Apesar de a Fifa estar investigando denúncias de corrupção no processo de votação que definiu o Catar como sede da Copa de 2022, os organizadores do Mundial daquele país seguem confiantes de que seguirão como palco da competição. Mais uma vez, neste domingo, eles negaram qualquer ilegalidade no processo de escolha do País para sediar o Mundial.
"Seguindo as instruções da Fifa, que nos pediu para não formularmos comentários sobre as investigações, acataremos esse pedido. O Catar ganhou o direito de ser sede da Copa dentro da Lei e estamos seguros que no final do processo a sede do Mundial de 2022 será confirmada", disseram os organizadores, através de nota.
De acordo com denúncia do jornal britânico The Sunday Times, um suborno foi pago a dirigentes de diversas federações ao redor do mundo para que votassem no país asiático.
Um fiscal da Fifa deve encerrar na próxima semana sua investigação, que compreende também a escolha da Rússia para sediar a Copa de 2018.
Ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol e um dos principais agentes do futebol do Catar, Mohammed Bin Hammam seria o líder deste esquema. Ele seria o organizador do acordo que teria pago pelo menos US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 11,2 milhões) para a compra dos votos.
O nome de Michel Platini, presidente da Uefa, passou a ser envolvido no imbróglio a partir da última segunda-feira, quando outro jornal britânico, o The Daily Telegraph afirmou que o dirigente teria participado de "reuniões secretas" com Bin Hammam pouco antes da eleição de 2010.
Platini admitiu ter se encontrado diversas vezes com Bin Hammam, mas minimizou, ao lembrar que na época ambos eram colegas do Comitê Executivo da Fifa. Ao L'Equipe, o ex-jogador falou novamente sobre o assunto e garantiu que "algo ou alguém" está tentando manchar sua imagem para atrapalhar uma possível candidatura à presidência da Fifa.