Jovem segura uma réplica da taça da Copa do Mundo em Doha, no Catar (Marwan Naamani/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2014 às 14h15.
Genebra - O Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2022, que será realizada no Catar, negou neste domingo qualquer irregularidade na campanha do país para sediar o evento. Mais cedo, o jornal britânico The Sunday Times revelou denúncia de que dirigentes catarianos teriam subornado membros do Comitê Executivo da Fifa para a escolha do país na eleição realizada em dezembro de 2010.
O periódico revelou documentos que comprovariam que cartolas do Catar teriam pago pelo menos US$ 5 milhões, aproximadamente R$ 11,2 milhões, para comprar votos para que o país fosse escolhido como sede do Mundial. O principal alvo da denúncia é Mohamed Bin Hammam, um dos principais agentes do futebol do Catar, que teria atuado em diversas regiões do mundo para comprar apoio.
Em resposta ao jornal, o Comitê do Catar afirmou que Bin Hammam "não tomou parte, oficialmente ou não oficialmente no comitê de candidatura" do país. E afirmou que a entidade sempre foi guiada por altos padrões éticos. "O Comitê do Catar para a Copa de 2022 sempre sustentou altos padrões de ética e integridade em sua bem-sucedida candidatura".
"Nós veementemente negamos qualquer alegação de irregularidade. Nós tomaremos a decisão que for necessária para defender a integridade da candidatura do Catar e os nossos advogados já estão estudando o caso", registrou o Comitê, em nota, ameaçando processar o jornal inglês.
A nova denúncia já chegou a Michael Garcia, norte-americano responsável por investigar casos de corrupção dentro da Fifa. Ele ainda não se manifestou sobre o caso, mas já tinha uma reunião agendada com os membros do Comitê catariano, nesta segunda-feira, em Omã.
"Estamos cooperando totalmente com a investigação do Sr. Garcia e continuamos confiantes de que qualquer apuração vai concluir que nossa vitória na eleição foi justa", disse o Comitê do Catar.