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Catar e Egito discutem reconciliação

Autoridades de inteligência do Egito e do Catar se reuniram para discutir uma reconciliação, para encerrar impasse de 18 meses


	Membro da Irmandade Muçulmana no Egito: Catar apoiou o presidente egípcio eleito Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana
 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Membro da Irmandade Muçulmana no Egito: Catar apoiou o presidente egípcio eleito Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 12h53.

Cairo - Autoridades de inteligência do Egito e do Catar se reuniram no Cairo para discutir reconciliação como parte dos esforços mediados pela Arábia Saudita para encerrar um impasse de 18 meses por conta do apoio de Doha à Irmandade Muçulmana, disseram fontes diplomáticas e de segurança.

As fontes afirmaram que o chefe de inteligência do Catar, Ahmed Nasser Bin Jassim al-Thani, estava presente na negociações onde foi discutido um possível encontro entre chefes de Estado dos dois países no início do próximo ano em Riade ou Cairo.

Os países do Golfo concordaram, em novembro, em encerrar a disputa com o Catar sobre sua promoção das revoltas da chamada Primavera Árabe. A Arábia Saudita, que enviou bilhões de dólares em ajuda ao Egito, tem pressionado por uma reaproximação semelhante entre o Catar e o Egito.

O Catar apoiou o presidente egípcio eleito Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana. Os laços entre os dois países se deterioraram após o então chefe do Exército, Abdel Fattah al-Sisi, retirar Mursi do poder no ano passado e reprimir a Irmandade.

O Egito, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos consideram a Irmandade uma ameaça aos seus sistemas governantes. Para irritação do Egito, o Catar abrigou líderes da Irmandade exilados.

Como a Arábia, Emirados Árabes e Bahrein, o Egito retirou seu embaixador do Catar este ano. Enquanto os outros concordaram em normalizar os laços com o acordo em novembro, o Cairo ainda não tomou o mesmo passo.

Evidências aumentaram nos últimos dias de que a mediação saudita pode dar frutos. No sábado, Sisi - agora presidente - se encontrou com um enviado especial do Catar.

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