Trabalhadores em Doha: o Catar anunciou recentemente uma reforma do seu código trabalhista (Karim Jaafar/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2014 às 19h27.
Em meio a polêmicas sobre denúncias de trabalho escravo, iniciaram-se no Catar as primeiras obras para a construção de um estádio da Copa do Mundo de 2022, informou nesta terça-feira o Comitê Organizador Local em um comunicado.
Uma empresa local, a HBK, começou os trabalhos de escavação para preparar as fundações do estádio Al-Wakrah, localizado a 15 quilômetros ao sul de Doha.
O estádio, com capacidade para 40.000 torcedores, ficará pronto em 2018, quatro anos antes do pontapé inicial da competição.
O Comitê Organizador fez questão de salientar que a empresa HBK se comprometeu em "respeitar as normas de bem-estar dos trabalhadores de acordo com os direitos trabalhistas do Catar e as melhores práticas internacionais que protegem os direitos dos trabalhadores".
Depois de ter sido alvo de críticas por conta das condições de trabalho de imigrantes, o Catar anunciou recentemente uma reforma do seu código trabalhista.
O pequeno, mas muito rico Emirado do Golfe Pérsico, prevê a construção de 12 estádios (como o Brasil para a Copa de 2014), mas o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, disse no início de maio que "oito estádio era um bom número".
A Fifa pede ao menos oito estádios, um dele de 80.000 lugares para receber a final.
Na semana passada, o presidente da entidade, o suíço Joseph Blatter, reconheceu que ter atribuído o Mundial-2022 ao Catar tinha sido um "erro", principalmente por conta das fortes temperaturas registradas no país em junho e julho, meses em que a competição costuma ser organizada.
Por conta deste problema, é provável que o torneio aconteça no inverno (boreal), em dezembro.