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Catalunha terá novo presidente amanhã graças a independentistas radicais

Os quatro deputados que a legenda anticapitalista tem no parlamento da Catalunha se abstiveram neste sábado na votação

Catalunha: UP indicou que "não bloqueará a formação" de um novo governo (Albert Gea/Reuters)

Catalunha: UP indicou que "não bloqueará a formação" de um novo governo (Albert Gea/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de maio de 2018 às 13h35.

Lérida - O deputado Quim Torra será eleito amanhã novo presidente do governo regional da Catalunha graças à abstenção dos independentistas radicais da CUP, que neste domingo decidiram o sentido do seu voto em diferentes assembleias.

Em comunicado, a CUP indicou que "não bloqueará a formação" de um novo governo na Catalunha em um momento "complexo, marcado pela repressão e vulnerações de direitos políticos e civis por parte do Estado".

Os quatro deputados que a legenda anticapitalista tem no parlamento da Catalunha se abstiveram neste sábado na votação da primeira sessão de posse de Torra e voltará a fazê-lo amanhã, segundo determinou seu conselho político reunido hoje em assembleia extraordinária.

Desta forma será possível a eleição do novo presidente catalão, já que em uma segunda votação só será necessária uma maioria simples e não absoluta como na primeira, fixada em 68.

Torra, candidato designado por Carles Puigdemont - atualmente na Alemanha foragido da Justiça espanhola - contará no plenário de segunda-feira também com os votos favoráveis do seu grupo JxCat (centro-direita independentista) e do ERC (independentistas de esquerda) e o voto contrário de toda a oposição.

Apesar de facilitar a posse com as quatro abstenções, a legenda independentista radical ressaltou no comunicado que se situará na oposição durante a próxima legislatura, sem garantir a governabilidade do próximo Executivo catalão.

A CUP tomou esta decisão após considerar que a proposta de programa do governo da JxCat e do ERC "não avança na construção de medidas nem republicanas nem sociais, que respondam aos direitos e às necessidades da classe trabalhadora e das demais classes populares".

A organização antissistema considera que a JxCat e o ERC deram um "giro autonomista" que leva a CUP a "assumir um papel de oposição ativa, trabalhando, dentro e fora das instituições, para gerar um novo ciclo do movimento independentista". EFE

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