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Catalunha terá novo governo regional depois de sete meses

Com o fim do bloqueio do Executivo de Madri, Quim Torra conseguiu formar o governo e tomará posse neste sábado

A Catalunha não tem um governo próprio desde de outubro quando o Executivo espanhol destituiu o gabinete separatista de Puigdemont (Hannibal Hanschke/Reuters)

A Catalunha não tem um governo próprio desde de outubro quando o Executivo espanhol destituiu o gabinete separatista de Puigdemont (Hannibal Hanschke/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de junho de 2018 às 10h11.

Barcelona - O novo Governo regional da Catalunha, presidido pelo independentista Quim Torra, tomará posse no sábado, sete meses depois da suspensão do anterior após a declaração de independência.

Com a posse do novo executivo, nomeado oficialmente nesta sexta-feira, é superado um período excepcional na Catalunha no qual a administração regional esteve em mãos do Governo espanhol.

A Catalunha não tem um governo próprio desde que em 27 de outubro o Executivo espanhol, presidido então por Mariano Rajoy, destituiu o gabinete separatista de Carles Puigdemont e assumiu suas competências.

Rajoy tomou esta medida em aplicação à Constituição espanhola, depois que o Parlamento catalão aprovou uma declaração de independência.

Segundo o estabelecido pela lei espanhola, a posse do novo Governo suporá de forma automática a suspensão da intervenção da administração catalã por parte do Executivo de Madri.

O presidente Torra nomeou seu novo governo em 29 de maio, depois que o Executivo Central rejeitou uma primeira lista de gabinete na qual estavam incluídos dois conselheiros presos e outros dois foragidos da justiça, todos eles processados pelo envolvimento no processo independentista catalão.

A designação desses quatro conselheiros foi qualificada pelo Governo espanhol como uma "provocação", por isso que se negou a publicar oficialmente a nomeação do novo gabinete catalão.

Torra, eleito presidente regional da Catalunha em 14 de maio, depois de três candidatos frustrados, terá a partir de amanhã seu próprio Executivo, composto por sete homens e seis mulheres.

O gabinete estará integrado por conselheiros propostos pelos dois principais grupos independentistas catalães; JxCat (grupo de Puigdemont) e ERC (republicanos de esquerda), nenhum deles com causas judiciais relacionadas com o processo independentista.

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