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Catalunha pode ter referendo sobre independência da região

A maioria das pesquisas preveem que não superarão 50% dos votos, mas podem obter uma maioria absoluta no Parlamento regional


	Manifestantes favoráveis à independência da Catalunha: "O mapa do caminho expressa a esperança de que o Estado espanhol ainda permita a realização de um referendo"
 (REUTERS/Albert Gea)

Manifestantes favoráveis à independência da Catalunha: "O mapa do caminho expressa a esperança de que o Estado espanhol ainda permita a realização de um referendo" (REUTERS/Albert Gea)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2015 às 10h15.

O governo regional da Catalunha ainda tem esperanças de que Madri permita o referendo sobre a independência desta região, segundo uma carta publicada nesta sexta-feira, a poucos dias de eleições apresentadas como um plebiscito sobre a secessão.

Nesta carta enviada a diferentes embaixadas estrangeiras, publicada na imprensa espanhola e confirmada à AFP por fontes diplomáticas, o governo dirigido pelo independentista Artur Mas explica seu posicionamento ante a eleições de 27 de setembro que podem desencadear um processo de secessão de 18 meses.

"Se houver maioria a favor dos partidos independentistas, o novo Parlamento catalão irá dispor de um mandato legal e político para colocar em prática o mapa do caminho em direção à independência", afirma este texto.

"O mapa do caminho expressa a esperança de que o Estado espanhol ainda permita a realização de um referendo sobre a independência", acrescenta o documento.

Os independentistas se apresentam em dois partidos para estas eleições, a coalizão Junts pel Sí (Juntos pelo Sim), que vai da centro-direita à esquerda radical, e a esquerda anticapitalista CUP.

A maioria das pesquisas preveem que não superarão 50% dos votos, mas podem obter uma maioria absoluta no Parlamento regional que, segundo Mas, seria suficiente para lançar seu processo de secessão.

No documento, o vigésimo deste estilo enviado pelo governo regional a embaixadas estrangeiras, as autoridades catalãs denunciam que o executivo espanhol "ameaçou atacar a língua própria e negou um acordo fiscal justo" e "vetou a celebração de uma consulta não vinculante" sobre a independência.

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