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Catalunha pede diálogo com premiê e rei da Espanha

O governo espanhol declarou como ilegal o referendo pela independência da região que acontecerá no dia 1º de outubro

Catalunha: a causa independentista perdeu apoio nos últimos anos (Susana Vera/Reuters)

Catalunha: a causa independentista perdeu apoio nos últimos anos (Susana Vera/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de setembro de 2017 às 09h46.

Madri - O governador da Catalunha e a prefeita de Barcelona pediram para conversar com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, e com o rei Felipe para resolver uma disputa cada vez mais intensa a respeito de um referendo sobre a independência da região, mostrou uma carta nesta sexta-feira.

As autoridades da região rica do nordeste espanhol prometeram consultar os catalães no dia 1º de outubro sobre a independência, em um desafio a Rajoy, que declarou o referendo ilegal.

O apelo por diálogo foi feito ao final de uma semana na qual a Procuradoria-Geral convocou prefeitos para um questionamento e a Catalunha se rebelou contra a legislação fiscal do governo central de Madri.

O governador Carles Puigdemont e a prefeita Ada Colau disseram na carta dirigida a Rajoy, e também enviada ao rei Felipe, que querem apoio do Estado espanhol ao referendo.

"Pedimos... um diálogo aberto e incondicional. Um diálogo político, baseado na legitimidade que todos temos, para possibilitar algo que em uma democracia jamais é um problema, e menos ainda um crime: ouvir a voz do povo", disseram os representantes na carta, vista pela Reuters.

Duas novas leis que abrem caminho para a votação foram suspensas enquanto juízes analisam se a convocação viola a Constituição, segundo a qual o país é indivisível.

Na quarta-feira, o rei Felipe elogiou a democracia e a harmonia social da Espanha em uma cerimônia de premiação, dizendo que "a Constituição prevalecerá sobre qualquer ruptura disso".

A carta enviada pelas autoridades catalãs acusou o Estado espanhol de "uma ofensiva de repressão inédita".

A maioria dos 5,5 milhões de eleitores da Catalunha quer poder se manifestar sobre o relacionamento da região com a Espanha, mas a causa independentista perdeu apoio nos últimos anos, e agora pesquisas mostram que menos da metade da população escolheria a autonomia plena.

A prefeita Ada Colau deu um impulso à campanha do referendo na quinta-feira com uma mensagem na qual disse que a votação acontecerá em Barcelona, a área mais populosa da região, sem que os funcionários públicos envolvidos corram o risco de perder o emprego.

 

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