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Catalunha deve continuar busca por separação da Espanha

Os partidos favoráveis a uma divisão da Espanha conquistaram a maioria dos assentos do parlamento catalão em setembro


	O presidente regional catalão, Artur Mas: ele afirmou que o governo da rica região do nordeste espanhol irá se ater a seu plano
 (Josep Lago/AFP)

O presidente regional catalão, Artur Mas: ele afirmou que o governo da rica região do nordeste espanhol irá se ater a seu plano (Josep Lago/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 13h07.

Madri - O governo da Catalunha irá continuar sua busca pela independência, afirmou seu presidente interino nesta quinta-feira, um dia depois de o Tribunal Constitucional da Espanha ter anulado uma resolução da assembleia catalã pedindo o estabelecimento de uma república dentro de 18 meses.

A corte arbitrava um apelo do gabinete do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, que disse que a separação da Catalunha é um "nonsense" e nunca irá acontecer.

Mas o líder catalão interino, Artur Mas, que encabeçou a administração regional durante anos de uma crise econômica que insuflou o movimento separatista, afirmou que o governo da rica região do nordeste espanhol irá se ater a seu plano.

"Legalmente, está claro que a resolução do parlamento catalão está anulada agora", disse ele em uma entrevista à rádio Cadena Ser.

"Mas politicamente não está, porque o desejo do parlamento não pode ser anulado e o desejo do parlamento reflete o desejo e as ideias de uma parte significativa da população catalã".

O Tribunal Constitucional decidiu que a resolução era inconstitucional e declarou que a assembleia da Catalunha não pode estabelecer a si mesma como um poder independente legal e político acima da constituição.

Mas disse querer realizar outro referendo sobre a secessão – uma votação informal conduzida no ano passado mostrou que 81 por cento estão a favor da separação, embora o comparecimento tenha sido de meros 40 por cento.

Os partidos favoráveis a uma divisão da Espanha conquistaram a maioria dos assentos do parlamento catalão em setembro, mas só atraíram pouco mais da metade do eleitorado.

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