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Catalães formam corrente para pressionar por independência

Centenas de milhares de catalães deram as mãos para formar uma corrente humana de 400 quilômetros ao redor da região espanhola

Pessoas formando uma corrente humana para marcar o Dia da Catalunha, no centro de Barcelona (Albert Gea/Reuters)

Pessoas formando uma corrente humana para marcar o Dia da Catalunha, no centro de Barcelona (Albert Gea/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 17h13.

Barcelona - Centenas de milhares de catalães deram as mãos para formar uma corrente humana de 400 quilômetros ao redor da região, nesta quarta-feira, para pressionar o governo espanhol a autorizá-los a votar sobre a independência e a formação de seu próprio país.

Manifestantes vestidos com camisetas amarelas e envoltos por faixas separatistas em azul, vermelho e amarelo levantaram as mãos dadas através de cidades e estradas rurais, e pularam e cantaram em comemoração quando conseguiram completar a corrente humana.

"Queremos um referendo para ver se a maioria apoia a independência. O problema é que a Espanha não vai ouvir. Nossa única esperança... é que a Europa e o resto do mundo coloquem pressão no governo espanhol", disse Ester Sarramona, uma funcionária pública de 39 anos.

Ester, o marido e os filhos participaram da corrente bem no centro de Barcelona, a capital da Catalunha. Como muitos outros catalães, eles consideram que a região é tratada de forma injusta a respeito de questões tributárias e culturais, como o idioma local, apesar de terem considerável autonomia governamental.

Uma recessão profunda e cortes nos gastos públicos na Catalunha, uma rica região industrial no nordeste do país que representa 20 por cento da produção econômica espanhola, aumentaram o descontentamento dos catalães com o governo espanhol sediado em Madri.

Pesquisas mostraram que o apoio à independência da região cresceu bastante na Catalunha, chegando a 50 por cento.

A campanha separatista na região, que possui 7,5 milhões de pessoas, também tornou-se uma dor de cabeça para o premiê espanhol, Mariano Rajoy, que ainda enfrenta um escândalo de corrupção e luta para tirar a Espanha da recessão.

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