Monitor transmite notícias sobre acusações contra Edward Snowden em shopping center de Hong Kong: ex-analista da CIA e da NSA revelou o esquema de espionagem realizado pelos EUA aos registros telefônicos e dados em rede de milhões de cidadãos (Bobby Yip/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2013 às 14h31.
Washington - O caso do ex-analista da CIA Edward Snowden, responsável pela divulgação dos programas de espionagem do governo dos Estados Unidos, serviu de inspiração para um game cuja principal meta é roubar dados secretos da Agência de Segurança Nacional (NSA), anunciou nesta terça-feira a imprensa local.
No jogo, que se encontra disponível no site "gamesonly.com", o personagem de Snowden tem que baixar dados sigilosos dos computadores da NSA e armazená-los em um USB sem ser registrado pelas câmeras de segurança ou por funcionários da agência.
Para conseguir se camuflar dentro do game, o controlador do Snowden pode usar quadros, bandeiras e cortinas, além de conseguir distrair os agentes da NSA com "saborosos" donuts, como aponta a descrição do jogo no site.
Ex-analista da CIA e da NSA, Snowden revelou aos jornais "The Guardian" e "The Washington Post" o esquema de espionagem realizado pelo governo dos EUA aos registros telefônicos e dados em rede de milhões de cidadãos, uma medida que era usada para identificar o contato de suspeitos de terrorismo no exterior.
A polêmica em torno do caso cresceu ainda mais por causa das últimas revelações de Snowden, as quais revelam uma suposta espionagem dos EUA em direção à União Europeia (UE) - fundamentalmente à Alemanha -, a ONU e a mais 38 embaixadas.
À espera de asilo político por parte de alguns países, Snowden permanece no aeroporto moscovita de Sheremetyevo, onde chegou procedente de Hong Kong no último dia 23 de junho.
Segundo o Kremlin, Snowden, que teria pedido refúgio a pelo menos 15 nações, renunciou sua intenção de seguir em direção à Rússia menos de 48 horas depois de ter pedido asilo político às autoridades do país. De acordo com o portal Wikileaks, Snowden pediu asilo a 21 países, vários deles latino-americanos.