O general John Allen: um funcionário próximo ao general Allen negou, por sua vez, qualquer vínculo entre John Allen e Jill Kelley (©AFP/Getty Images / Mark Wilson)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2012 às 15h12.
Washington - A investigação do Pentágono sobre a correspondência entre o general John Allen e uma mulher vinculada ao caso Petraeus indica que ela pode ser eventualmente "imprópria", mas não necessariamente envolve uma relação entre as duas pessoas, afirmou nesta terça-feira um funcionário americano.
Um funcionário do Pentágono admitiu nesta terça-feira perante jornalistas que o Birô Federal de Investigação (FBI) descobriu entre 20 e 30 mil páginas de correspondência entre o general John Allen e Jill Kelley, uma amiga do casal Petraeus, que se considerou vítima de assédio de Paula Broadwell, com quem o diretor da CIA David Petraeus manteve uma relação extraconjugal.
Interrogado pela AFP, um funcionário de alto escalão que se manteve no anonimato evitou se referir a uma relação entre o chefe da Otan no Afeganistão, John Allen, e Jill Kelley, uma mulher casada de 37 anos. "O volume de documentos pode ser em si mesmo impróprio", constituir uma violação do código militar e uma "conduta inconveniente para um oficial", explicou.
O fato de a investigação ter sido repassada à Inspeção Geral do Pentágono, e não ao FBI, parece descartar que Allen tenha divulgado informações consideradas secretas e qualquer infração de caráter penal, acrescentou.
Um funcionário próximo ao general Allen interrogado pelo The Washington Post negou, por sua vez, qualquer vínculo entre John Allen e Jill Kelley e a eventualidade de uma conduta imprópria por parte do chefe da coalizão internacional no Afeganistão.