Nassar: médico abusou de ginastas campeãs olímpicas como Simone Biles, Gabby Douglas, Aly Raisman e McKayla Maroney (Brendan McDermid/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de maio de 2018 às 14h19.
Última atualização em 16 de maio de 2018 às 15h57.
Washington - A Universidade Estadual de Michigan pagará US$ 500 milhões a 332 vítimas do ex-médico da equipe de ginástica olímpica americana Larry Nassar, considerado culpado de diversos casos de abuso sexual ao longo da carreira.
"Este acordo histórico surgiu graças à coragem de mais de 300 mulheres e meninas que tiveram a coragem de se negar a ficar em silêncio", afirmou um dos vários advogados que representam as vítimas, John Manly, em comunicado divulgado à imprensa.
Nassar, que trabalhou por várias décadas nessa universidade, recebeu duas penas por esses crimes e outros, como posse de pornografia infantil, que somam um total de 100 e mais de 200 anos de prisão.
O acordo firmado entre o centro universitário e as vítimas inclui US$ 425 milhões a serem divididos entre as 332 mulheres e meninas que foram abusadas sexualmente pelo médico, com uma quantia aproximada de US$ 1,8 milhão por afetada.
Além disso, a Universidade Estadual de Michigan estabeleceu a criação de um fundo de US$ 75 milhões adicionais destinados a outras meninas ou mulheres que tenham sofrido os abusos de Nassar, mas que ainda não se manifestaram.
Um dos advogados da universidade, Robert Young, disse na mesma nota que a instituição "está satisfeita por ter chegado a um princípio de acordo justo para as sobreviventes dos crimes de Nassar".
Em janeiro, Nassar foi condenado a um mínimo de 40 anos e um máximo de 175 anos de prisão por abusar de mais de cem jovens ginastas e a outros 60 anos por posse de pornografia infantil e outros acusações.