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'Caso dos Rolex': MP do Peru quer que presidente apresente relógios em depoimento

Dina Boluarte teve negado pedido para antecipar seu depoimento ao MP

Dina Boluarte: presidente é investigada por suposto enriquecimento ilícito (AFP/Reprodução)

Dina Boluarte: presidente é investigada por suposto enriquecimento ilícito (AFP/Reprodução)

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Agência de notícias

Publicado em 3 de abril de 2024 às 07h04.

O procurador-geral do Peru, Juan Villena, anunciou nesta terça-feira (2) que a investigação sobre a posse de pelo menos três relógios de luxo não declarados pela presidente do país, Dina Boluarte, foi ampliada, para incluir um suposto aumento patrimonial em suas contas bancárias e a posse de joias.

"A acusação foi ampliada para incluir a posse de uma pulseira Cartier de US$ 56 mil (R$ 282 mil) e joias que ela teria usado em cerimônias que superariam os US$ 500 mil (R$ 2,5 milhões)", disse Villena à comissão de fiscalização do Congresso.

A declaração foi feita no mesmo dia em que foi negado o pedido de Dina Boluarte para antecipar seu depoimento no Ministério Público, previsto para sexta-feira.

O procurador explicou que o depoimento imediato não foi aceito devido à ampliação da investigação. A presidente pretendia esclarecer rapidamente o caso, diante "da turbulência política" que ele causou.

Segundo o procurador-geral, também é investigada a origem de depósitos bancários de 1 milhão de soles (cerca de R$ 1,35 milhão) nas contas de Boluarte durante o período em que ela atuou como ministra entre 2021 e 2022.

A comissão de fiscalização convocou Boluarte, mas ela não compareceu por ter outras reuniões agendadas, segundo a secretaria presidencial.

A presidente peruana deve comparecer na próxima sexta-feira ao Ministério Público para explicar pela primeira vez a origem dos relógios Rolex e das joias. A polícia fez uma busca surpresa em sua casa e no gabinete presidencial em 30 de março em busca desse suposto patrimônio, que não foi encontrado.

A presidente, uma advogada de 61 anos, é investigada desde meados de março pelo Ministério Público por suposto enriquecimento ilícito, diante de indícios de que não declarou os relógios de luxo como parte de seus bens. Seu mandato termina em julho de 2026.

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