Sana, no Iêmen: jornalista diz estar com "um grande problema", já que "não aconteceu nada" após seus contatos com o embaixador holandês no Iêmen (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2013 às 11h01.
Bruxelas - A jornalista holandesa e seu marido que foram sequestrados há um mês no Iêmen pediram às autoridades e à sociedade da Holanda "que façam algo" para evitar a execução do casal em um prazo de dez dias, de acordo com vídeo postado na internet e divulgado nesta segunda-feira pela imprensa.
Judith Spiegel, correspondente da emissora pública "VRT" e de outros meios de comunicação holandeses, e seu companheiro, Boudewijn Berendsen, foram capturados por um grupo de homens armados na casa onde moravam em Sana, capital do país, na segunda semana de julho, segundo relembrou o site de notícias "Dutchnews".
No vídeo, Spiegel diz estar com "um grande problema", já que "não aconteceu nada" após seus contatos com o embaixador holandês no Iêmen quando lhe explicou as condições para sua libertação.
"Estamos muito, muito, muito assustados. É preciso encontrar uma solução", diz a jornalista na gravação postada no YouTube no último dia 13 e posteriormente divulgada pelas redes sociais.
Spiegel termina seu discurso pedindo a "família, imprensa e companheiros holandeses" que "façam algo", e assinala entre lágrimas que se não tomarem providências, o casal estará morto "em dez dias".
O vídeo gerou comoção na Holanda e provocou várias reações, entre elas a do ministro das Relações Exteriores, Frans Timmermans, que afirmou em sua conta do Facebook que o caso tem a "total atenção" do Executivo.
"Mas devo acrescentar que falar sobre isso em público quase nunca ajuda a chegar a uma boa solução", declarou o ministro holandês.
O Ministério das Relações Exteriores manteve contato nos últimos dias com as famílias dos dois cidadãos holandeses, segundo confirmou um porta-voz ao "Dutchnews".