O presidente americano Donald Trump: investigações sobre ligações com a Rússia ameaçam seus primeiros meses no poder (Joshua Roberts/Reuters)
EFE
Publicado em 20 de maio de 2017 às 14h00.
Última atualização em 20 de maio de 2017 às 16h24.
Washington - Os advogados da Casa Branca começaram nesta semana a preparar o terreno para um possível processo de destituição do presidente Donald Trump, ainda que seja uma possibilidade remota, segundo informações da "CNN".
O início do julgamento politico depende de um voto maioritário na Câmara dos Representantes, que está dominada confortavelmente pelos republicanos, e que por enquanto, seguem apoiando Trump, apesar das investigações que ameaçam seus primeiros meses no poder.
De acordo com a emissora americana, citando duas pessoas com conhecimento direto destas consultas legais, Trump está convencido de que mantém a confiança dos republicanos.
Apesar disso, os advogados da Casa Branca consultaram nesta semana especialistas em impeachment para conhecer melhor como funcionaria um eventual processo.
Alguns democratas já falam abertamente em buscar o início do processo de destituição do presidente americano, por conta da demissão do ex-diretor do FBI, James Comey, que comandava a investigação sobre as supostas ligações da campanha de Donald Trump com a Rússia.
No entanto, apenas um congressista republicano, Justin Amash, se mostrou favorável a isso.
Uma vez aberto o julgamento politico pelo voto maioritário da Câmara Baixa, culminando com a saída forçada do presidente requer o voto de dois terços do Senado, que agora também está controlado por uma maioria conservadora.
O Congresso iniciou, mas nunca concluiu o "impeachment" dos presidentes Andrew Johnson (1865-1869) e Bill Clinton (1993-2001), enquanto que a possibilidade do julgamento politico forçou a renúncia de Richard Nixon em 1974. EFE