Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, quer um acordo no Congresso (Brendan Smialowski/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2011 às 16h29.
Washington - A Casa Branca pediu nesta quinta-feira ao Congresso para concluir "o circo político" com um "compromisso" para evitar a moratória antes de 2 de agosto e reforçou que o plano republicano de redução de déficit será rejeitado pelo Senado.
"Nossa oposição é a de qualquer proposta que nos faça voltar a este circo político, porque já teve significativos efeitos negativos em nossa economia", disse Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, em referência ao plano republicano que está previsto para ser votado ainda nesta quinta-feira.
A Câmara de Representantes votará nesta tarde, no fechamento dos mercados, o plano impulsionado pelo presidente republicano da assembleia, John Boehner, que projeta uma redução de quase US$ 1 trilhão no déficit nos próximos 10 anos.
Por sua vez, os democratas, que são maioria no Senado, e a Casa Branca se opuseram ao plano, já que propõe uma elevação do teto de dívida em duas fases, a primeira das quais concluiria no final de ano e exigiria um novo debate no início de 2012.
"Devemos trabalhar em algo que possa verdadeiramente passar pelas duas câmaras (Câmara de Representantes e Senado) com apoio de ambos partidos e possa ser ratificado pelo presidente", acrescentou Carney em sua entrevista coletiva diária.
O presidente americano, Barack Obama, já advertiu no início da semana aos republicanos que, se o plano Boehner chegar a seu escritório para ser ratificado, seria vetado.
Carney reafirmou o "otimismo" da Casa Branca que o Congresso "retome o bom senso", para que o compromisso seja alcançado.
Obama apoia publicamente o plano do líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, consistente em uma redução do déficit de US$ 2,2 trilhões na próxima década, e que permitiria ao Governo federal cumprir com suas obrigações até 2013.
Com um Congresso dividido, ambas câmaras estão tentando avançar seus respectivos planos a menos de cinco dias para que se cumpra o prazo e sem que, por enquanto, nenhum dos dois partidos, nem o democrata nem o republicano, tenham dado o braço a torcer.