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Casa Branca nega que republicanos sejam os vencedores do acordo

O porta-voz da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, John Boehner, descreveu o acordo a seus companheiros de partido como um grande triunfo para os republicanos

Jay Carner, porta-voz da Casa Branca, admitiu que os democratas não alcançaram o acordo que esperavam, mas ressaltou que obtiveram conquistas significativas (Jewel Samad/AFP)

Jay Carner, porta-voz da Casa Branca, admitiu que os democratas não alcançaram o acordo que esperavam, mas ressaltou que obtiveram conquistas significativas (Jewel Samad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2011 às 18h14.

Washington - A Casa Branca negou nesta segunda-feira que os republicanos sejam os vitoriosos diante do acordo sobre o aumento do teto da dívida pública americana, depois de o porta-voz da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, John Boehner, expressar essa ideia a seus companheiros de partido.

"Não é certo em absoluto", respondeu o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, perguntado em sua entrevista coletiva diária sobre se os republicanos conseguiram impor todas suas prioridades no acordo para elevar o teto da dívida e os democratas ficaram "sem nada".

Em uma conferência telefônica com congressistas republicanas, Boehner descreveu supostamente o acordo conseguido no domingo como um grande triunfo para os republicanos - que "lutaram" - sobre os democratas - que "cederam" -, informa nesta segunda-feira o "Wall Street Journal".

"Não alcançamos o grande acordo que esperávamos", reconheceu Carney nesta segunda-feira. "Mas isso não significa que não conseguimos conquistas significativas".

O porta-voz ressaltou que o projeto, que alçará o teto da dívida em pelo menos US$ 2,1 trilhões adicionais até 2013, "protege os investimentos essenciais" e assegura um "enfoque equilibrado".

O porta-voz também negou que o presidente Barack Obama considere enfraquecido seu poder nas negociações, tal como dizem nesta segunda-feira vários artigos de opinião em jornais americanos.

"Não há dúvida que este processo se viu como um desastre. E foi, em algumas ocasiões foi um circo", reconheceu. "Enviamos inutilmente a mensagem ao mundo de que os EUA desonrariam suas obrigações, quando isso não iria ocorrer".

"Nada disso é fácil, pois os assuntos são difíceis. Mas conseguimos um consenso em Washington para priorizar o crescimento econômico e a criação de empregos", destacou Carney.

Parlamentares republicanos e democratas discutem nesta segunda-feira o acordo de dívida, que deve ser assinado por Obama antes da meia-noite (horário local), e esperam submetê-lo ainda nesta segunda-feira a votação nas duas casas legislativas.

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